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A doença celíaca se caracteriza pela má absorção de todos os nutrimentos, conseqüente à atrofia da mucosa intestinal induzida pela ingestão de glúten. Então, o único tratamento eficiente é a dieta isenta de glúten, que leva à rápida melhora clínica e ao reaparecimento das vilosidades intestinais.
O princípio básico dessa dieta é a retirada total e definitiva do glúten, mistura de proteínas encontrada no trigo, no centeio, na cevada e na aveia.
A implantação dessa dieta implica recondicionar os hábitos, já que a rotina alimentar contém muitos produtos derivados do trigo. Além do pão, há os sanduíches, bolachas, salgadinhos, carnes à milanesa, bolos e achocolatados.
A farinha de trigo poderá ser substituída integralmente pela mistura de outras farinhas permitidas. Barbieri e Koda sugerem o sarraceno para preparação de vários alimentos, como macarrão, pastel, bolos e tortas. Outras substituições possíveis são a maisena, o polvilho e o fubá.
Os seguintes alimentos são proibidos em qualquer quantidade:
– Trigo: farinha de trigo, pão comum, pão de glúten, macarrão, farinha de rosca, pães, doces, bolos e biscoitos.
– Cevada: farinha de cevada, bala de cevada, cerveja.
– Centeio: pão de centeio, malte, uísque (não há certeza se o uísque contém glúten, mas, segundo Kotze, ele deve ser evitado pelo seu conteúdo de hordeína).
– Aveia: mingau de aveia, farinha de aveia, flocos de aveia.
– Outros produtos (preparados ou prontos para a venda no mercado): achocolatados, farinha láctea, sopas, pudins, leites enriquecidos com farinhas de cereais, molhos prontos, café instantâneo, tortas, bolinhos empanados, farofas, croquetes, pastéis, carnes curtidas e em conserva, como salsicha e outros embutidos, frutas cristalizadas, marzipan, curry, catchup, mostarda e frutas secas.
Como conseqüência da atrofia das vilosidades, há grande diminuição da atividade da lactase. Isto implica que se evite a lactose nas primeiras semanas de tratamento de doença celíaca. Ela poderá ser reintroduzida com a melhora do quadro.
Fonte: Tópicos de Gastroentereologia - Vol.6 - 1ª Ed. - 1996.
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