Artigos de saúde
Embora um grande número de medidas tenha sido sugerido como indicadoras de excitação geral (batimentos cardíacos, condução cutânea, respiração, resposta pupilar, temperatura e pressão sangüínea), um número significativo de estudos negativos ou contraditórios impede que se extraiam conclusões finais acerca de tais sugestões, no momento atual.
A medição da tumescência peniana parece constituir a única resposta psicofisiológica capaz de distinguir a excitação sexual de outros estados emocionais.
Entretanto, Masters e Johnson registraram correlações bastante sistemáticas entre a excitação sexual de seus sujeitos masculinos e diversas medidas fisiológicas, como, por exemplo, a pressão sangüínea e a pulsação.
A explicação para suas descobertas parece residir no fato de que, nas pesquisas de Masters e Johnson, foram medidos índices de excitação mais elevados do que os encontrados nos estudos fisiológicos usuais, que envolvem, por exemplo, a exibição de diapositivos de nus. Nos baixos níveis de excitação, a ereção pode ser precocemente detectada ou identificada antes que ocorram alterações sistemáticas em outras medidas fisiológicas.
Convém também mencionarmos aqui o êxito recentemente registrado na distinção entre a impotência orgânica e a psicogênica, através do uso de medidas da tumescência peniana noturna. Verificou-se que a tumescência peniana ocorre em associação geral com o sono REM, nos sujeitos normais.
Em pacientes que sofrem de impotência psicogênica, ficou também determinado que esses quadros completos de ereção continuam a ocorrer durante a noite, testemunhando-se que se encontram intactos os mecanismos neurofisiológicos e neuroanatômicos subjacentes.
Os homens que sofrem de impotência orgânica exibem quadros prejudicados de ereção durante o sono. Embora a capacidade de discriminar entre a falha erétil orgânica e a psicogênica nem sempre possa ser obtida com segurança através dessa abordagem, a observação da tumescência peniana noturna é, por enquanto, o meio mais confiável de fazer essa distinção.
Fonte: Patologia e Terapia Sexual - 1ª Ed. - 1994.
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