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Neste Artigo:
- Enfisema e Tratamentos
- Bronquite Crônica
- Bronquite Asmática
- Insuficiência Respiratória
e Fatores de Risco
- Cuidados com o Paciente
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Tema
A Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPCO) está entre as principais causas
de morte na maioria dos países do mundo. Na verdade, a DPCO é constituída por três
doenças que acometem o sistema respiratório do ser humano: enfisema, bronquite crônica
e bronquite asmática. Elas apresentam características específicas que as diferenciam
entre si, embora tenham em comum algumas causas, como o hábito de fumar, a quantidade de
cigarros fumados, contato constante com substâncias irritantes, entre outras, que irão
determinar a diminuição da capacidade respiratória em pessoas com mais de 40 anos.
Devido à obstrução da passagem do ar, ocorre falta de oxigênio e excesso de monóxido
de carbono no sangue. A tendência dessa doença, entretanto, é de progressão constante,
acompanhada por depressão e restrições nas atividades diárias, entre outras
dificuldades. As doenças pulmonares exigem mais trabalho do coração e, na presença de
um problema cardíaco, podem determinar também insuficiência cardíaca.
Enfisema e Tratamentos
Definido como um alargamento anormal e contínuo dos espaços aéreos distais ao
bronquíolo terminal, acompanhado da destruição de suas paredes o enfisema consiste na
obstrução crônica do fluxo aéreo, trazendo com o avanço da doença, dispnéia,
restrição de atividades em geral e sofrimento. Portanto o colapso excessivo das vias
áreas terminais e redução da respectiva elasticidade dessa área pode levar à
obstrução irreversível do fluxo do ar.
Broncodilatadores, drogas antiinflamatórias e antibióticos para combater a infecção
fazem parte do cotidiano do tratamento da doença. Já as técnicas de reabilitação
pulmonar, incluindo exercícios, são utilizadas para amenizar as dificuldades de respirar
e em casos de preparação para as cirurgias.
O oxigenioterapia também pode melhorar a performance física em casos específicos. Uma
cuidadosa análise do profissional assistente pode indicar a cirurgia redutora de volume
pulmonar, chamada de CRVP, que surgiu no final década de 50 e obteve um novo impulso,
mais recentemente, a partir do trabalho do professor Joel D. Cooper de St. Louis,
Missouri. A operação consiste em remover um terço do volume de ambos os pulmões
simultaneamente ou não. O procedimento melhora a respiração porque remove o parênquima
pulmonar enfisematoso, permitindo uma melhoria no fluxo expiratório com retenção de ar.
Por outro lado, a cirurgia permite ressecar parte do volume pulmonar, sem função devido
à doença, e propiciar melhores condições para a ventilação, permitindo aos músculos
trabalharem em condições mais vantajosas.
Bronquite Crônica
Tanto o enfisema como a bronquite crônica apresenta uma relação direta com o fumo e a
quantidade de cigarros consumidos. São chamadas de portadoras de bronquite crônica
aquelas pessoas que tem um histórico de tosse com produção de catarro purulento em,
pelo menos, três meses seguidos e durante uns períodos de dois a três anos
consecutivos. Esse tipo de bronquite costuma ser causada por inalação de substâncias
irritantes. Dificilmente pode evoluir para estreitamento grave e irreversível das vias
respiratórias, limitação que pode até impedir atividades simples como andar e tomar
banho sozinho, como acontece no enfisema, por exemplo.
Bronquite Asmática
Esse termo é usado para pessoas com bronquite crônica que apresentam ocorrências de
broncoespasmos. Ou seja, tosse com muco e obstrução das vias aéreas, além de crises de
estreitamento do diâmetro da árvore brônquica, por ação dos músculos lisos como
acontece nos asmáticos. A diferença é que na asma a obstrução é passageira.
A asma resulta em episódios recorrentes de obstrução das vias áreas respiratórias ou
crises. Podem ser resolvidas com tratamento ou de forma espontânea. Como não possui uma
forma persistente de evolução, a asma não é considerada uma doença pulmonar
obstrutiva crônica. Está associada à hiperreatividade da musculatura lisa dos brônquios
que provocam espasmos e estreitamente acentuado das vias aéreas respiratórias. Estima-se
que 4% da população mundial é afetada pela asma.
Insuficiência
Respiratória e Fatores de Risco
Dentre as causas e fatores de risco para o aparecimento e evolução das anormalidades
citadas anteriormente, encontram-se pais fumantes, mãe fumante durante a gestação e
amamentação, pais com algum tipo de alergia, poluição ambiental e fatores
psicossociais. Dentre os fatores ambientais evidenciam-se os poluentes provenientes de
escapamentos de veículos automotores, chaminés de fábricas, ou os encontrados em pólens
e fontes alimentares; alguns tipos de proteína animal também podem provocar alergias.
A vida do paciente com doença crônica não é fácil. Suas necessidades de atendimento
ou exames podem exigir faltas ao trabalho, mudanças na vida dos familiares envolvidos,
bem como disponibilidade para acompanhá-lo. A atenção e solidariedade são esperadas
das pessoas próximas. Mas o mais importante é que o paciente necessita mudar hábitos
antigos e uma boa comunicação com o médico assistente e familiares são fatores
fundamentais para ser restabelecida uma melhor qualidade de vida.
Cuidados com o Paciente
São vários os cuidados a serem tomados para proteger pacientes com essa doença.
· Não usar utensílios de limpeza que contenham pêlo, bem como tapetes e cortinas no
quarto.
· Evitar pisos com frestas e procurar usar pisos de cerâmica ou resinas plásticas.
· Não usar almofadas ou travesseiros de pena, paina e flocos de espuma, principalmente
no quarto.
· Utilizar periodicamente desumidificadores que permitam o controle da umidade do ar.
· Esquecer o uso de talcos e aerossóis no quarto.
· Evitar animais na área privada da casa, pois pêlos de cachorro ou gato, pó de
alpiste e flores podem desencadear crises.
· Providenciar a lavagem das roupas com água quente em níveis adequados para eliminar
das roupas de cama o ácaro e amenizar o uso abusivo de dos produtos de limpeza que fixam
o cheiro no tecido.
· Evitar o mofo e a umidade.
· Jamais tomar medicamentos que não sejam prescritos por médicos.
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27 de Setembro de 2004
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