Artigos de saúde
Belo Horizonte (Bibliomed.com.br) - Começou em novembro de 2001, no Rio
de Janeiro, o primeiro teste com duas substâncias que são candidatas a vacinas contra a
Aids. Cerca de 120 voluntários que não têm a doença vão tomar as duas drogas durante
seis meses.
A intenção dos pesquisadores é descobrir se as substâncias produzem algum tipo de
resposta do sistema imunológico contra o vírus HIV. Os testes são parte de um programa
da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) com o Projeto Praça Onze, que banca
pesquisas sobre o combate à doença.
As duas substâncias - ALVAC-HIV Vcp 1452 e MN rgp 120 - já foram testadas em
norte-americanos e franceses, e pela primeira vez serão avaliadas em brasileiros. Nesta
etapa, os pesquisadores verificam apenas a segurança das drogas. A eficácia das duas
substâncias só é efetivamente observada na próxima e última fase do processo.
Os voluntários escolhidos para os testes não podem estar contaminados com o vírus HIV e
nem pertencer aos grupos de risco. A contaminação com o vírus invalida a participação
na pesquisa, já que a produção de anticorpos vai ocorrer de forma natural e não pelo
estímulo das substâncias. As duas possíveis vacinas não oferecem risco de
contaminação para os voluntários.
Os mesmos testes serão feitos em outras duas localidades do mundo - Haiti e
Trinidad/Tobago. Onde o estudo já foi feito, os testes foram considerados bem-sucedidos.
Se as duas substâncias forem aprovadas no Brasil, as pesquisas passam para a próxima
fase, a que avalia a eficácia das drogas.
A Aids é um tema que preocupa também os deputados federais. Na primeira reunião de
trabalho da Frente Parlamentar de Luta contra a doença, foram definidas estratégias de
atuação nacional e internacional para fortalecer o Programa Nacional de Aids.
Considerado pela Organização das Nações Unidas um exemplo mundial, o programa
brasileiro é ameaçado pelas disputas com países ricos, no que diz respeito à
distribuição de medicamentos genéricos.
A Frente elaborou um documento pedindo a solidariedade de todos os parlamentares do mundo
à posição brasileira e de outros 49 países de produzir genéricos contra a doença,
apresentado na reunião da Organização Mundial do Comércio (OMC), em Doha, no Qatar,
durante o mês de novembro de 2001.
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03
de Dezembro de 2001.
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