Artigos de saúde
© Equipe Editorial Bibliomed
Neste artigo:
- Introdução
- Nomes populares
- Candidíase
- Adolescência
- Diagnóstico
- Tratamento
- Prevenção
Introdução
As micoses superficiais são doenças que acometem a pele, causadas pela ação dos
fungos, que utilizam a camada mais superficial da pele como alimento. Há diversos tipos
de micose causadas por grupos diferentes de fungos. O problema, que se propaga com
rapidez, pode aparecer em locais variados, como braços, virilha, pés e mucosas. Os tipos
mais comuns de fungos causadores de micose estão presentes na própria pele dos seres
humanos ou então em animais como gatos e cachorros. A existência natural dos fungos na
pele não significa que todas as pessoas terão micose. Para que a doença acometa as
pessoas, são necessários alguns fatores, como uma queda no sistema de defesa do
organismo. Com isso, o fungo penetra na pele e, encontrando condições ideais, se
desenvolve. A umidade, o calor e lesões na pele são algumas características que agradam
esses agentes patogênicos, facilitando sua proliferação.
Nomes populares
É comum que a micose tenha denominações específicas, conforme a área que atinge.
Entre os dedos do pé, por exemplo, a micose é chamada de "frieira". Sua
ocorrência neste local é frequente em pessoas que não enxugam os pés adequadamente ou
que usam sapatos fechados por longos períodos. A dificuldade na absorção do suor deixa
os pés úmidos. O calor mantido dentro do sapato associado à umidade favorece a ação
dos fungos. Outro tipo comum de manifestação da micose, cientificamente chamada de
tinha, é a que ocorre na pele, em diversas regiões do corpo, sobretudo na virilha, nas
mãos e na face. Nestas áreas, surgem manchas avermelhadas, de tamanhos variados, que
têm a borda nítida e parecem descamar.
No couro cabeludo, a micose é conhecida popularmente como "pelada". Nesta
região, a doença aparece em placas, onde há perda de cabelo e descamação. É
frequente que a "pelada" apareça na infância, depois que a criança tem
contato com animais que têm o fungo ou até mesmo com outros colegas que tenham o
problema. Se não for tratada, a "pelada" evolui, causando falhas de cabelo que
são permanentes. Nas unhas, a chamada onicomicose provoca espessamento. As unhas ficam
opacas e com tonalidades amareladas, podendo descolar.
Candidíase
A candidíase também é um tipo de micose, que afeta a boca e a vagina, podendo
atingir, em casos mais raros, os dedos da mão. Nesses casos menos comuns, a doença
aparece entre os dedos, a partir do contato frequente com água. Dói e, às vezes,
inflama, podendo contribuir para o aparecimento da micose nas unhas. A candidíase também pode aparecer em crianças
que usam fraldas, causando desconforto no bebê. Já a candidíase vulvovaginal provoca
corrimento, além de manchas avermelhadas e úmidas. Neste caso específico de micose, o
uso de anticoncepcionais ou outros tipos de medicamentos e a existência de doenças
sistêmicas podem contribuir para o aparecimento do problema. A candidíase, quando acomete crianças, é conhecida popularmente como
"sapinho". No bebê, o "sapinho" não tem gravidade. No entanto, seu
aparecimento em adultos pode revelar a existência de uma doença sistêmica, como por
exemplo a Aids. "Se a pessoa percebe que a cândida está aparecendo com
frequência, sem responder adequadamente aos tratamentos, é preciso investigar os
fatores que a estão provocando", recomenda a dermatologista.
Adolescência
Os adolescentes também são vítimas dos fungos, principalmente com a ocorrência da
pitiríase versicolor, também chamada de "impigem". Este tipo de micose se
caracteriza pelo aparecimento de manchas esbranquiçadas ou rosadas por toda a pele. O
fungo causador da pitiríase precisa de um alimento mais gorduroso, o que encontra com
frequência na pele de um adolescente. A pitiríase é comum entre os jovens, mas
pode também se repetir ao longo da vida. Isso ocorre quando a pessoa não tem
resistência ao fungo.
Diagnóstico
O diagnóstico das micoses superficiais não é difícil. No
entanto, o problema pode ser confundido com alergias, outras alterações na pele e
psoríase. Para comprovar a doença, é comum que o dermatologista peça um exame em que
as manchas são raspadas e analisadas para verificar a presença do fungo. A micose,
normalmente, não é um problema grave ou que traz complicações. Mas é preciso ficar
atento, pois seu aparecimento pode revelar a presença de outras doenças mais sérias ou
de deficiências imunológicas. Como a pele tem um sistema de vigilância
natural, o fungo só se desenvolve quando encontra oportunidade: o sistema de defesa cai
por fatores internos ou por causas externas, como falta de higiene e cuidados.
Tratamento
O tratamento da micose sempre vai depender do local atingido,
da extensão e das características do caso. A medicação local à base de antifúngicos
costuma ser a mais adotada, sobretudo nas manchas menores que aparecem na pele. Os
medicamentos têm apresentações variadas como sprays, pomadas, cremes ou soluções.
Entre os dedos, a solução pode ser a medicação mais adotada. Se o quadro de manchas na
pele é extenso, o spray costuma ser o mais recomendado. Muitas vezes, as lesões na pele
só desaparecem algum tempo depois que o tratamento já terminou.
O preço dos medicamentos é variado: há opções mais baratas e com custo mais elevado.
O tempo de tratamento também não é determinado. Muitas vezes, o uso da medicação pode
ser mantido por três ou quatro semanas. A onicomicose pode ser tratada com a aplicação
de remédios apresentados sob a forma de esmalte. Se mais da metade das unhas já
foi atingida, no entanto, recomendamos a medicação oral. O mesmo ocorre no
couro cabeludo, nas manchas mais extensas na pele e em algumas formas de
candidíase. A candidíase vulvovaginal também pode ser tratada
com cremes vaginais. Já o "sapinho" é tratado com medicação oral e com
limpeza da área atingida.
Prevenção
Há alguns cuidados que podem ser adotados para
prevenir a ocorrência das micoses superficiais. A higiene é o primeiro passo.
Principalmente nas áreas preferidas pelos fungos - como entre os dedos do pé e na
virilha - é preciso manter a pele sempre seca, enxugando com cuidado após o banho. As
unhas devem receber um cuidado especial, sendo mantidas sem traumas. É adequado evitar o
uso prolongado de tênis ou de sapatos fechados. Frequentadores de clubes e vestiários
também devem evitar pisar descalços em locais úmidos, onde outra pessoa com micose pode
ter pisado.
Copyright © 2021 Bibliomed, Inc. 27 de janeiro de 2021
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