Artigos de saúde
© Equipe Editorial Bibliomed
Nesse artigo:
- Introdução
- Desidratação
- Insolação
- Micoses
- Bicho-de-pé
- Intoxicação alimentar
Introdução
No hemisfério sul, o verão começa oficialmente no dia 21 de dezembro. Essa é a época mais quente do ano e também a que exige maiores cuidados com a saúde, pois o calor proporciona condições ideais para a ocorrência de algumas doenças. As doenças mais frequentes no verão são aquelas que levam a perda de líquidos e a desidratação. No entanto, outras doenças também são muito comuns. A insolação, as micoses e a intoxicação alimentar são doenças frequentes que podem atrapalhar as suas férias.
Desidratação
A desidratação é a perda de líquidos e sais minerais do corpo. Normalmente, perdemos
em média 2,5 litros de água por dia, seja pela urina, fezes, suor ou até mesmo pela
respiração. Essa perda pode ser aumentada por vários fatores no verão. O aumento da
transpiração, ou ainda alterações provocadas pela ingestão de alimentos contaminados
ou mal conservados como vômitos e diarréias são mais frequentes neste período
Quando uma pessoa está desidratada, ela apresenta sede, fica muito tempo sem urinar, com
a boca e mucosas secas, olhos ressecados e fundos e mais irritada.
A desidratação pode ser grave e por isso, deve ser evitada. Algumas dicas importantes
para prevenir a desidratação são: prefira local arejado e com sombra, use roupas leves,
e ingira constantemente líquidos, deve-se estar atento também aos alimentos consumidos.
O soro caseiro pode ser utilizado sempre que se suspeitar de uma desidratação. Ele deve
ser feito misturando uma colher de chá de açúcar e uma colher de café de sal em um
litro de água. Deve-se oferecer à pessoa desidratada à vontade a cada 20 minutos e
após cada evacuação no caso de diarréia. Há casos em que a desidratação se torna
mais grave sendo necessário o atendimento hospitalar.
Insolação
A insolação é provocada pela exposição excessiva ao sol. Ela pode provocar intensa
falta de ar, dor de cabeça, náuseas e tontura, temperatura do corpo elevada, pele
quente, avermelhada e seca, extremidades arroxeadas e até mesmo a inconsciência.
Mesmo sem estar diretamente exposto ao sol, é possível ter insolação. A areia reflete
o sol e, desse jeito, aumenta a temperatura da pessoa pelo calor, não pela exposição
direta ao sol. Nesse caso, a pessoa não queima, mas assa. Os sintomas são idênticos aos
da insolação.
Na insolação ocorre também desidratação e o individuo apresenta queimaduras que no
início se manifestam por pele vermelha e ardida e quando em estágios mais avançados e
graves, leva a formação de bolhas na pele.
Ao primeiro sinal de insolação, é aconselhado que a pessoa procure a sombra além de se
hidratar de forma adequada. Em casos graves de queimadura e de aumento da temperatura
corporal, é necessário procurar o atendimento médico.
As pessoas devem evitar tomar sol entre 10h e 16h (11h e 17h, no horário de verão), e
não devem fazer exercícios físicos sob o sol nesse horário. É aconselhado também,
tomar cerca de dois a três litros de água por dia, e usar protetor solar pelo menos 15
minutos antes da exposição do sol, repetindo a aplicação a cada duas horas.
Micoses
Como o verão é a estação mais quente do ano, transpiramos muito e temos mais contato
com a água. Isso faz com que a nossa pele fique úmida por mais tempo. A umidade da pele
favorece o aparecimento das micoses, que são doenças causadas por fungos e que podem ser
adquiridos na praia ou nas piscinas. Em contato com a pele úmida, os fungos se
desenvolvem rapidamente.
Todo o corpo pode ser afetado pelas micoses. No verão, é mais comum o acometimento das
virilhas, pés e unhas.
A doença inicia-se sempre por uma pequena lesão vermelha. Provoca escamação contínua
da pele e coceira. O stress e o sol podem facilitar a sua manifestação.
No pé, a micose mais frequente é o pé-de-atleta, ou frieira. Ela ocorre entre os
dedos. Esse tipo de micose quando não tratada pode facilitar a entrada de germes na perna
provocando erisipelas, além disso com o passar do tempo provoca mau cheiro.
Nas unhas a doença mais frequente é a onicomicose. É provocada por fungos e também
por outro tipo de microrganismo comum na natureza: as leveduras. Inicia-se na ponta da
unha, deixando-a amarelada. Dói bastante e incomoda. Aos poucos, a unha fica espessada e
com aparência feia.
Ao sinal de micose, deve-se procurar o dermatologista. A automedicação não é
aconselhada já que as micoses podem ser confundidas com outras doenças.
Bicho-de-pé
O bicho de pé também pode atrapalhar as suas férias e é comum nas áreas rurais. Ele
é um tipo de pulga, denominado Tunga penetrans que se aloja na pele para alimentar-se do
sangue e para por seus ovos. Ela pode se alojar em qualquer parte do corpo, mas prefere a
região próxima às unhas. Começa com uma leve coceira no local, que pode evoluir para
quadros mais graves. Caso acometido pelo bicho-de-pé, deve-se procurar o médico para sua
remoção. Há casos em que é necessário o uso de antibióticos e também da vacinação
contra tétano.
Intoxicação alimentar
Nas férias é comum que as pessoas se alimentem na praia, no clube ou em outros locais
que muitas vezes não possuem higiene adequada no preparo e conservação dos alimentos.
As refeições em self-service que são comuns nestes períodos, os salgadinhos na praia,
os peixes e outros petiscos que na maioria das vezes ficam expostos por longos períodos
à temperatura ambiente são os principais causadores da intoxicação alimentar.
Intoxicação alimentar é o nome que se dá aos sintomas desagradáveis que uma pessoa
experimenta depois de ingerir alimentos contaminados por microorganismos nocivos. Os
microorganismos afetam diversos tipos de alimentos, não sendo obrigatório que ele esteja
estragado para que ocorra a contaminação. São várias as causas de intoxicação
alimentar.
Quando uma pessoa ingere um alimento contaminado, ela pode desenvolver alguns sintomas que
variam de acordo com o microorganismo causador do distúrbio. Um alimento contaminado pela
Salmonela, por exemplo, que é um microorganismo que atinge as carnes, pode causar
diarréia, um simples desarranjo intestinal, náuseas, vômitos, febre, cefaléias, e até
mesmo, desidratação grave.
Em geral, os sintomas da intoxicação alimentar duram poucos dias. Nos casos menos
graves, um dia de repouso e a ingestão de uma grande quantidade de água ou de sucos,
são suficientes para compensar a perda de líquidos provocada pela diarréia ou pelos
vômitos. Nos casos mais graves, é necessário procurar um médico para o tratamento
especifico contra o agente causador da intoxicação. A intoxicação alimentar nos casos
mais graves pode ser fatal.
Com alguns cuidados básicos você poderá fazer com que o verão seja ainda mais
prazeroso.
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