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Doenças Sexualmente Transmissíveis (DSTs): sintomas comuns e dicas de prevenção

© Equipe Editorial Bibliomed

Neste Artigo:

- Definição - oque são as DSTs?
- Quem pode pegar uma DST?
- Diagnóstico
- Prevenindo as DSTs
- Preservativos Masculinos (camisinha)
- O uso da Camisinha
- Prinicipais causadores das DSTs

Definição - O que são as DSTs?

"Doenças sexualmente transmissíveis são infecções transmitidas através de uma relação sexual com alguém que já seja portador da infecção".

Estas infecções são geralmente transmitidas através do coito, mas podem ainda ocorrer através de outros tipos de contato sexual, como a relação sexual anal e oral. Elas podem ser causadas por parasitas, bactérias ou vírus. A importância destas doenças está no fato de, além do alto risco de disseminação, poderem ocasionar graves danos à saúde do indivíduo acometido. As conseqüências podem ser desde distúrbios emocionais, doença inflamatória pélvica (DIP), infertilidade, lesões fetais, até câncer, além de facilitar a transmissão do vírus da AIDS (HIV).

A incidência das DST vem aumentando nos últimos anos, sendo considerada como um problema de Saúde Pública. Este aumento ocorre em conseqüência das baixas condições socioeconômicas e culturais, das péssimas atuações dos serviços de saúde, do despreparo dos profissionais de saúde e de educação, e da falta de uma educação sexual adequada, principalmente voltada para os jovens. Hoje, as DST estão entre as doenças mais comuns em todo o mundo. As mais comuns são a AIDS, sífilis, gonorréia e clamídia.

Quem pode pegar uma DST?

Qualquer pessoa que tenham atividade sexual tem risco de contrair uma DST. O risco maior ocorre quando a pessoa tem relação com vários parceiros, ou quando o parceiro teve ou tem parceiros múltiplos. Ainda, quando a relação sexual foi realizada (ou costuma ser) sem a utilização de preservativo (camisinha).

Os principais sintomas das DSTs são:

- Coceira ao redor da vagina e/ou corrimento vaginal
- Corrimento/secreção na uretra peniana no homem
- Dor durante o sexo, ao urinar, ou na região da pelve
- Dores de garganta após sexo oral
- Dores no ânus após sexo anal
- Lesões de tipo cancro, não dolorosas na área genital, ânus, língua e/ou garganta
- Urina escura; urinar a todo momento; fezes mais claras
- Pequenas vesículas ou nódulos que se rompem na área genital
- Febre, dor no corpo, gânglios linfáticos aumentados
- Perda de peso, suores noturnos, cansaço inexplicável, infecções raras acontecendo
- Verrugas cor da pele na área genital

Diagnóstico

A maioria das DSTspode ser diagnosticada por um exame local pelo médico. Exames de sangue e culturas de secreções retiradas das áreas genitais podem também identificar o agente causador da doença.

Prevenindo as DSTs

Todas as pessoas que tem relações sexuais estão sob risco para as DST. Assim, alguns cuidados são importantes ao escolher o parceiro sexual, e no ato sexual propriamente dito. As principais recomendações são:

1.  Escolha do parceiro(a) sexual - O ideal é que as relações sejam monogâmicas estritamente
2. Se isso não for possível, evite relações com pessoas portadoras de DSTs
3. Limite o número de parceiros(as) sexuais - quanto maior o número, maior o risco que você se contaminar, ou de disseminar uma infecção da qual você seja o portador
4. Procure por sinais de DSTs em seu parceiro(a) - verrugas, secreções, lesões de pele, etc.
5. Não tenha relações sexuais se você está em tratamento para uma DST
6. Use sempre a camisinha, inclusive para sexo oral e anal - lembre-se, estas também são formas de relação sexual e través das quais uma doença pode ser transmitida
7. Use espermicida (nonoxinol-9) juntamente com as camisinhas - o espermicida pode ajudar a matar alguns dos germes que causam as DSTs
8. Lave os genitais com água e sabão e urine logo após a relação sexual - isso pode ajudar a limpar germes (caso existam), antes que eles tenham a chance de infectá-lo(a)

Preservativos Masculinos (camisinha)

Os preservativos de látex masculinos reduzem o risco de pegar uma DST. Eles devem ser usados corretamente, todas as vezes que houver uma relação sexual, e durante todos os tipos de relação. Os preservativos femininos não são tão eficazes como os masculinos, mas se o parceiro masculino se recusar a usa-lo, e se a mulher ainda assim quiser ter a relação sexual, o preservativo feminino deveria ser usado por ela.

Os preservativos não têm 100% de segurança, e não irão preveni-lo de ter contato com lesões que estão próximas da área genital, como as verrugas que surgem na infecção pelo HPV.

O uso da Camisinha

- Use um preservativo todas as vezes que tiver uma relação sexual, ou que haja algum tipo envolvimento com o pênis do parceiro
- Coloque a camisinha com o pênis ereto antes do contato íntimo
- Comece a inserção desde a ponta do pênis e insira até a base
- Deixe um espaço vazio sem ar na ponta da camisinha para coletar o sêmen (o ar na ponta do preservativo dede ser removido antes da relação)
- Não use lubrificantes à base de óleo mineral ou vegetal ou de petróleo - podem danificar o preservativo.
- Após a ejaculação, remova o pênis e retire o preservativo cuidadosamente, para não espalhar o sêmen.
- Use o preservativo apenas uma vez
- Se achar que a camisinha esteja danificada, ou sua coloração ou a textura esteja modificada, NÃO A USE.
- Geléias espermicidas podem ser usadas com uma camisinha e diminuem ainda mais a chance de transmissão do vírus

Prinicipais causadores das DSTs

A classificação abaixo procura relacionar as prinicpais DSTs com o agente etiológico.

Vírus

Herpes simples: herpes genital primário/recorrente, meningite asséptica, herpes neonatal, aborto espontâneo, parto prematuro.
Vírus da hepatite B: hepatite aguda /crônica /fulminante, carcinoma hepatocelular primário.
Vírus da hepatite A: hepatite A.
Papovavírus: condiloma acuminado, papiloma laríngeo, neoplasia intraepitelial cervical, carcinoma do colo uterino.
Vírus do molusco contagioso: molusco contagioso genital.
Citomegalovírus: infecção congênita, mononucleose infecciosa.
HIV - AIDS.

Bactérias

Mycoplasma homínis: febre pós-parto, salpingite.
Ureaplasma urealiticum: uretrite, corioamniotite, baixo peso ao nascer.
Neisseria gonorrhoeae: uretrite, epidimite, cervicite, proctite, faringite, conjuntivite, endometrite, peri-hepatite, bartholinite, infecção gonocócica disseminada, salpingite, DIP, infertilidade, gravidez ectópica.
Chlamydia trachomatis: uretrite, cervicite, endometrite, salpingite, DIP, infecções neonatais etc.
Treponema pallidum: sífilis.
Gardnerella vaginallis: bacteriose vaginal.
Haemophilus ducreyi: cancro mole.
Calymmatobacterium granulomatis: donovanose.
Shigella sp: shigelose.
Salmonella sp: salmonelose.
Campylobacter foetus: enterite e proctite.
Streptococcus do grupo B: septicemia e meniginte neonatal.

Fungos

Candida albicans: vulvovaginite, balanite e balanopostite.

Protozoários

Trichomonas vaginallis: vaginite, uretrite.
Entamoeba kystolitica: amebíase.
Giardia lamblia: giardíase.

Ectoparasitas

Phthirus pubis: pediculose do púbis.
Sarcoptes scabiei: escabiose.

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