Artigos de saúde
© Equipe Editorial Bibliomed
Neste artigo:
- Introdução
- Mamoplastia de aumento
- Mamoplastia redutora
- Levantamento de mamas
- Reconstrução mamária pós mastectomia
- Riscos
As cirurgias plásticas das mamas, também chamadas de mamoplastia, compreendem a cirurgia redutora, de aumento e de levantamento das mamas.
Há uma grande procura pelas próteses de silicone em busca de seios fartos e curvas sensuais. Os motivos da realização das cirurgias de mama, no entanto, não abrange apenas aspectos estéticos, mas também físicos, como no caso da mamoplastia de redução para aliviar o desconforto, as dores nas costas e até mesmo as infecções de pele causadas pelo suor e a formação de sulcos e feridas nos ombros, devidos ao peso das mamas.
A mamoplastia de aumento é indicada para as pacientes com mamas pequenas ou que após amamentação ou perda de peso tiveram grande redução do volume mamário. É realizada através da colocação de próteses visando uma melhor harmonia entre a forma e o volume das mamas através de seu aumento e suspensão para casos de mamas caídas.
Atualmente existem vários tipos de próteses. Elas podem ser de gel de silicone ou de solução salina, com bolsa de tecido liso, rugoso ou texturizado, ou ainda, recobertas por uma camada de poliuretano. As mais utilizadas atualmente são de silicone texturizado e as recobertos com poliuretano, porém o tipo de prótese e o seu tamanho devem ser discutidos com o cirurgião.
A colocação pode ser feita de várias formas: incisão embaixo da aréola mamária, incisão no centro da aréola, incluindo o mamilo, embaixo do sulco das mamas, e um corte horizontal na região interior da zona de pêlo axilar. O pós-operatório é mais doloroso quando a prótese é colocada embaixo do músculo do tórax. Porém isso permite uma proteção maior do implante. Cada método tem suas vantagens e desvantagens, devendo ser a escolha feita em conjunto pelo médico e paciente, após discussão sobre os prós e contras de cada técnica.
Devido às suas características, é recomendável a troca da prótese de mama a cada 10 anos.
A anestesia é geral, peridural ou local com sedação. E a paciente normalmente fica internada por 24 horas.
O resultado quanto à forma já é bastante evidente no pós-operatório. Durante o primeiro mês há a redução do edema (inchaço) e a cicatrização ganha força. Contudo, o resultado definitivo se dá aos 6 meses, devido ao amadurecimento da cicatriz, e persiste por um longo tempo, sendo influenciado pelo aumento de peso e pela força da gravidade.
A cirurgia de redução da mama é recomendada em caso de: mamas aumentadas; infecção cística das mamas; dor nas costas, cabeça, ombros, pescoço e mamas provocada pelo peso das mamas grandes; perda da sensação nas mamas; problemas para dormir relacionados a mamas grandes; estrias; dentre outras.
Para se ter uma redução no tamanho da mama, retira-se um pouco do tecido da mama e os mamilos podem ser deslocados para uma posição superior por motivos de ordem cosmética. A operação pode durar até seis horas e é realizada com peridural, anestesia geral ou anestesia local com sedação (raramente utilizada). A paciente fica hospitalizada de um a três dias.
Nos primeiros meses a cicatriz encontra-se avermelhada, tornando-se esbranquiçada com o tempo. Por volta do terceiro mês ocorre a "acomodação" da mama. O resultado final é alcançado entre seis meses e um ano
As mamas após a puberdade são rígidas devido à quantidade de glândula. Com o passar do tempo há uma diminuição da quantidade de glândula, aumento da gordura e tendência à queda da mama. A mamoplastia de levantamento tem como objetivo reverter este quadro, suspendendo a mama e retirando o excesso de pele e tecido mamário existente.
O procedimento dura aproximadamente duas horas, dependendo da
extensão da cirurgia, e é realizado mais freqüentemente com anestesia geral.
Reconstrução mamária pós mastectomia
Durante o tratamento do câncer de mama, normalmente, é realizada uma cirurgia para a retirada do tumor. São duas as técnicas que podem ser utilizadas: a primeira, conhecida por lumpectomia, ou cirurgia conservadora da mama, que busca conservar a maior parte tecido mamário; e a segunda, a mastectomia, que consiste na retirada total do tecido mamário. Geralmente, a maior das pacientes submetidas a essas cirurgias podem recosnturir suas mamas, em um procedimento no qual o o cirurgião busca reconstruir a mama para restaurar sua aparência. A reconstrução pode ser realizada ao mesmo tempo que a mastectomia (reconstrução imediata) ou num momento posterior (reconstrução tardia), e a intenção de fazer o procedimento deve ser informada ao médico no início do tratamento, para que a cirurgia de mastectomia escolhida permita sua realização.
Além dos riscos gerais de qualquer cirurgia e anestesia, há o risco, embora raros, de formação de cicatrizes grandes com tempo de cicatrização prolongado, hematoma, infecção e quelóides (conforme predisposição individual da paciente) em todos os tipos de mamoplastia.
Entre as complicações específicas da mamoplastia de aumento pode ocorrer infecção e rejeição de próteses. Atualmente já existem estudos suficientes comprovando que não há nenhuma relação entre colocação de prótese e aumento de probabilidade de câncer de mama. E a amamentação também não é prejudicada com a colocação das próteses.
Quanto às cirurgias de redução e levantamento das mamas, as complicações possíveis são posição assimétrica dos mamilos, perda de sensibilidade local, incapacidade de amamentar (pela retirada de grande parte das glândulas mamárias), abertura de pontos e machucados na pele.
Os riscos emocionais incluem a sensação de que as mamas parecem imperfeitas, ou a de que a reação das outras pessoas não é a esperada.
Ao considerar a hipótese de fazer uma mamoplastia, deve-se consultar um cirurgião plástico e expor suas expectativas para obter uma aparência melhor. A estabilidade emocional é um fator importante. As cirurgias das mamas podem renovar a autoconfiança e melhorar a aparência, mas o resto depende da própria pessoa.
Copyright © 2019 Bibliomed, Inc. 02 de outubro de 2019
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