Artigos de saúde
© Equipe Editorial Bibliomed
Neste artigo:
- Introdução
- Conjuntivite bacteriana
- Conjuntivite viral
- Ceratoconjuntivite
- Conjuntivite alérgica
- Cuidados gerais
- Prevenção
- Sinais de alerta
Conjuntivite é a doença ocular mais comum. É a inflamação da conjuntiva, membrana que recobre o olho e a superfície interna das pálpebras. Pode ser aguda ou crônica. Na maioria dos casos é causada por bactérias ou vírus. Outras causas incluem ceratoconjuntivite, alergia, e irritantes químicos.
A forma de transmissão das conjuntivites infecciosas é usualmente por contato direto pelos dedos, toalhas, cosméticos e uso incorreto de lentes de contato.
Os sintomas mais frequentemente presentes são a coceira, olhos vermelhos, fotofobia (sensibilidade à luz), sensação de areia nos olhos, edema das pálpebras e secreção.
Varias espécies bacterianas podem causar conjuntivite, produzindo uma secreção purulenta. A visão permanece inalterada, causando apenas um desconforto. A doença usualmente é autolimitada, com duração de 10 a 14 dias se não tratada. Com o uso de colírios ou pomadas antibióticos ocorre a cura geralmente com 2 a 3 dias.
Algumas bactérias podem ser mais perigosas, como no caso da conjuntivite gonocócica, usualmente adquirida pelo contato com secreção genital infectada. É considerada uma emergência oftalmológica, pois pode levar a perfuração da córnea rapidamente. O diagnóstico deve ser confirmado pela identificação da bactéria na secreção.
A conjuntivite viral é usualmente associada à faringite, febre e mal-estar.O olho fica vermelho, principalmente na parte de dentro das pálpebras e ocorre eliminação de grande quantidade de secreção aquosa. As crianças são mais afetadas que os adultos, e piscinas contaminadas são algumas vezes a fonte de infecção. A doença dura no máximo 2 semanas. O colírio antibiótico pode ser usado para prevenir a infecção bacteriana sobreposta. Compressas de água morna podem diminuir o desconforto e corticóides locais podem tratar complicações.
A ceratoconjuntivite ou olhos secos é uma doença comum, ocorre particularmente em mulheres idosas. Uma grande variedade de condições pode predispor aos olhos secos. A diminuição da função das glândulas lacrimais, com perda do componente aquoso das lacrimas, pode ser devido à idade, distúrbios hereditários, doença sistêmica, drogas sistêmicas ou tópicas. A evaporação excessiva das lágrimas pode ser devido a fatores ambientais (clima quente, seco, ou vento). A terapia de reposição hormonal aumenta o risco de olhos secos.
Os sintomas mais comuns são secura e vermelhidão dos olhos. Nos casos mais graves, ocorre grande desconforto com fotofobia, dificuldade para movimentar as pálpebras e secreção mucosa excessiva. O tratamento depende da causa. Nos casos mais recentes, as alterações são reversíveis e o tratamento pode ser feito com o uso de lágrima artificial.
Conjuntivite alérgica é uma doença benigna, ocorrendo usualmente em crianças e idosos. Pode ser sazonal, ocorrendo usualmente na primavera e verão, ou perene. Os sintomas se limitam ao olho vermelho e edema de início súbito.
O tratamento é feito através do uso de anti-histamínicos ou antiinflamatórios tópicos. Anti-histamínicos de uso oral podem ser usados no caso de conjuntivite alérgica prolongada. Na conjuntivite alérgica, os alérgenos podem ser identificados e então evitados.
Além dos tratamentos específicos deve-se tomar alguns cuidados importantes no tratamento da conjuntivite:
• Lavar as mãos com frequência e evitar coçar os olhos.
• Não encostar o frasco das pomadas e colírios nos olhos e lavar as mãos antes a após
aplicá-los.
• Evitar a exposição a agentes irritantes (fumaça) e alérgenos (como o pólen) que
podem causar conjuntivite.
• Não usar lentes contato enquanto estiver com conjuntivite ou em uso de colírios
ou pomadas.
Para a prevenção da conjuntivite:
• Evitar compartilhar maquiagem e toalhas de rosto.
• Lavar as mãos com frequência e não as coloque nos olhos.
• Evite o contato com agentes químicos irritantes, use óculos de natação para
nadar e óculos de proteção quando em contato com produtos químicos.
• Não use colírios ou pomadas sem prescrição médica.
• Use as lentes de contato segundo as orientações do seu oftalmologista.
Fique atento aos sinais de alerta. Se ocorrer alteração visual, dor ocular intensa, dor ao movimentar os olhos, persistência dos sintomas após o uso da medicação ou aumento da sensibilidade à luz, procure o seu médico o mais rápido possível, pois pode-se tratar de outra doença mais grave ou uma complicação da conjuntivite.
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