Artigos de saúde
Equipe Editorial Bibliomed
Neste artigo:
- Introdução
- Causas
- Sintomas
- Prevenção
- Referências
Introdução
Considera-se infecção hospitalar toda infecção adquirida durante a internação hospitalar, desde que não incubada antes da internação, ou então relacionada a algum procedimento realizado no hospital, podendo manifestar-se inclusive após a alta.
O termo infecção hospitalar tem dado lugar ao termo Infecção Relacionada à Assistência à Saúde (IRAS), que abrange infecções relacionadas a procedimentos feitos em ambulatório, durante cuidados domiciliares e à infecção ocupacional adquirida por profissionais de saúde.
Se não identificada e tratada corretamente, a infecção hospitalar ou IRAS pode levar ao desenvolvimento de problemas mais sérios de saúde, incluindo a necessidade de reinternação do paciente.
Causas
Infecções hospitalares podem ser causadas por fungos, protozoários, vírus ou bactérias presentes no ambiente e que podem ser transmitidos para os pacientes através do contato com água, alimentos, objetos ou pessoas contaminados. Alguns fatores podem aumentar o potencial infeccioso desses microrganismos, como a quantidade presente no ambiente, o potencial infeccioso deles e a capacidade imunológica do paciente.
Pacientes com baixa imunidade, crianças recém-nascidas, idosos, diabéticos, pessoas em tratamento para câncer ou transplantados estão entre aqueles com maior probabilidade de contrair infecções.
Sintomas
Os sintomas da infecção hospitalar variam conforme o agente responsável pela infecção. Mudanças na saúde após procedimentos médicos devem ser observadas com atenção. Diarreias, vermelhidão e dor ao redor de um cateter ou local de cirurgia, febre, dores ao urinar e vômitos podem ser indícios de infecção.
As infecções hospitalares mais frequentes são as urinárias, em torno de (40%), as septicemias (10%), as pós-cirúrgicas (25%) e as pneumonias (10%). As outras infecções correspondem a uma proporção de 15%. Este percentual é variável, de acordo com as características das instituições.
Prevenção
A solução para uma melhoria do controle do uso de antimicrobianos e da resistência bacteriana é um fortalecimento das Comissões de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH). A CCIH é um grupo de profissionais da área de saúde que, juntamente com a direção do hospital, é responsável por elaborar, planejar, implantar, manter e avaliar ações cujo objetivo final é a diminuição da incidência de infecções hospitalares. As CCIHs são obrigatórias em todos os ambientes hospitalares, conforme consta na Lei Federal n° 6.431, de 06 de janeiro de 1997.
Profissionais de saúde, familiares e pacientes também podem trabalhar para diminuir o risco de infecção hospitalar. Médicos, enfermeiros, técnicos devem evitar usar o jaleco aberto quando em contato com o paciente, bem como usá-lo no refeitório ou em ambientes externos ao hospital ou em outras instituições médicas. Cabelos devem ser mantidos presos, as unhas curtas e limpas e sempre usar sapatos fechados.
Tanto profissionais de saúde quanto visitantes devem lavar as mãos antes e após o contato com o paciente. Não se deve sentar no leito do paciente, e os contatos físicos devem respeitar as recomendações médicas.
Referências
Bibliomed
Committee to Reduce Infection Deaths. 15 STEPS YOU CAN TAKE TO REDUCE YOUR RISK OF A HOSPITAL INFECTION.
COUTO, Renato. PEDROSA, Tânia. NOGUEIRA, José. Infecção Hospitalar - EPIDEMIOLOGIA E CONTROLE - 1ª Ed. - Capítulo 06 - Microbiologia Aplicada ao Controle das infecções Hospitalares.
EBSERH - Hospitais Universitários Federais - Ministério da Educação. SCIH - Serviço de Controle de Infecção Hospitalar. MANUAL DE PROCEDIMENTOS E CONDUTAS PARA PREVENÇÃO DAS INFECÇÕES.
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