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Embolia pulmonar

© Equipe Editorial Bibliomed

Neste artigo

- Introdução
- Fatores de risco
- Sintomas e Diagnóstico
- Tratamento
- Prevenção

Introdução

A embolia pulmonar é um problema que ocorre como consequência da formação de coágulos sanguíneos (trombos) no sistema venoso profundo, que se desprendem, atravessam as cavidades direitas do coração e obstruem a artéria pulmonar ou um de seus ramos, fazendo com que os pulmões percam grandes áreas de oxigenação, ocasionando graves alterações no funcionamento do organismo, podendo levar à morte. É conhecida, também, por doença venosa tromboembólica.

Sua incidência na população ocidental é estimada em cinco casos entre cada 10.000 pacientes. Se não tratada corretamente, e no tempo adequado, a mortalidade por chegar a 30% dos casos. Contudo, diagnóstico e tratamento adequados reduzem essa mortalidade para 2,5% a 8%.

Fatores de risco

A embolia pulmonar é uma enfermidade que surge como condição primária ou como complicação em qualquer área da medicina. Pode ser causada por diversos fatores, sendo os principais:

- Traumas (acidentes);
- Grandes cirurgias;
- Insuficiência cardíaca;
- Muito tempo de imobilização;
- Queimaduras;
- Câncer;
- Gravidez;
- Uso de anticoncepcionais;
- Obesidade;
- Alterações sanguíneas da coagulação;

Sintomas e diagnóstico

A apresentação da embolia pulmonar não é específica, o que dificulta o diagnóstico. Os sinais e sintomas dependem, fundamentalmente, da localização e tamanho do coágulo e do estado cardiorrespiratório prévio do paciente.

Em pacientes clinicamente estáveis, os sintomas mais comuns são a dispneia (dificuldade de respirar) e a dor torácica. Em alguns casos, a pessoa pode apresentar respiração acelerada, cianose de extremidades (alteração na cor das unhas para uma tonalidade azulada), alterações na pressão sanguínea e perda de consciência.

O diagnóstico precoce é fundamental para garantir o bom desfecho da embolia pulmonar. Existem vários exames que podem ser utilizados no diagnóstico da doença, sendo os mais frequentemente utilizados:

- Eletrocardiograma (ECG);
- Radiografia do tórax;
- Gasometria arterial;
- D-dímero;
- Marcadores de necrose miocárdica;
- Duplex-scan venoso;
- Cintilografia pulmonar;
- Ecocardiograma;
- Tomografia computadorizada (TC) helicoidal;
- Ressonância magnética (RM);
- Arteriografia pulmonar (AGP);

Tratamento

O tratamento para embolia pulmonar varia conforme a gravidade do caso e o estado clínico do paciente. O tratamento padrão consiste na heparinização sistêmica seguida de anticoagulação oral, ou seja, o uso de medicamentos que dissolvam o coágulo.

O profissional pode optar por um tratamento cirúrgico chamado emboléctomia pulmonar, que consiste na remoção do coágulo através de uma operação, ou por técnicas endovasculares de trombólise fármaco-mecânica (que incluem o uso de cateteres), que são reservadas aos pacientes com graves alterações da circulação e da pressão sanguíneas, associadas a embolias de diversas regiões pulmonares.

Prevenção

A prevenção da embolia pulmonar consiste em se movimentar. Ficar parado por muito tempo diminui a circulação sanguínea, aumentando as chances de desenvolvimento da doença. Pessoas que trabalham sentadas devem fazer movimentos com as pernas e o tornozelo, pequenas caminhadas e usar meias elásticas para aumentar a circulação. O mesmo é válido para pessoas que fazem viagens longas de carro, avião ou ônibus. Além disso, manter a boa saúde do sistema circulatório, seguindo uma dieta saudável, praticando atividades físicas e não fumando, diminui as chances de desenvolvimento da doença.

Copyright ©  Bibliomed, Inc.      19 de agosto de 2020.