Artigos de saúde
© Equipe Editorial Bibliomed
Neste Artigo:
- O que é
- Causas
- Os Perigos
- Sinais de Alerta
- Cuidados e prevenção
- Referências bibliográficas
Um dos distúrbios mais perigosos do sistema circulatório, o tromboembolismo venoso afeta, segundo a Associação Americana do Coração, cerca de 1,5 milhão de pessoas, das quais quase 543 mil acabam morrendo. Se não identificada a tempo, a trombose pode colocar o paciente sob risco de vida. Muitas vezes, a doença ocorre por mera falta de prevenção.
A Trombose Venosa Profunda (TVP) é uma doença causada pela coagulação do sangue no interior das veias (vasos sanguíneos que levam o sangue de volta ao coração) em local ou momento não adequados - é importante lembrar que a coagulação é um mecanismo de defesa do organismo. As veias mais comumente acometidas são veias das pernas (± 90% dos casos) e os sintomas mais comuns são inchaço e a dor na região.
Segundo o professor do departamento de Cirurgia da Faculdade de Medicina da UFMG, Marco Túlio Baccarini Pires, a doença é geralmente resultado da imobilização do paciente, seja durante as internações, após cirurgias mais complexas, ou por outras razões.
Sem os movimentos, a circulação se torna mais difícil e as chances de formação de trombos aumenta. Existem fatores que podem colocar o paciente sob maior risco, como:
O perigo imediato da trombose é a chamada embolia pulmonar (colocar link para o artigo Embolia Pulmonar - http://www.boasaude.com.br/artigos-de-saude/5521/-1/embolia-pulmonar.html ). O problema ocorre quando os trombos se fragmentam e pequenos coágulos migram pela circulação até os pulmões, entupindo vasos onde o sangue deve ser oxigenado antes de voltar a "alimentar" o corpo. O paciente corre risco de vida em situações como essas.
A longo prazo, os trombos podem levar a uma inflamação na parede dos vasos sanguíneos - a chamada flebite. O funcionamento das veias é afetado, gerando lesões que minam a qualidade de vida do paciente, como úlceras, escurecimento da pele, grandes varizes e o inchaço do local.
As veias das pernas são as mais atingidas pela trombose - em quase 90% dos casos. Veja quais os sintomas mais comuns:
O diagnóstico do tromboembolismo venoso é difícil e até 70% dos casos evoluem silenciosamente, o que aumenta as chances de complicações. Contudo, vários exames podem ser realizados para detecção da doença. Entre eles estão:
Outros exames de sangue podem ser feitos para verificar se há mais probabilidade de coagulação de sangue (hipercoagulabilidade), tais como:
Algumas medidas podem ajudar na prevenção da trombose, como elevar os pés da cama do paciente, usar faixas ou meias de compressão, fisioterapia e, até mesmo, retirar o paciente do leito precocemente. "Nos casos de maior risco, podem-se ainda usar medicamentos específicos", diz Baccarini.
A prevenção medicamentosa da trombose pode ser feita com o uso de anticoagulantes, como a heparina (por via venosa ou subcutânea), a varfarina (comprimidos, com necessidade de exames de sangue periódicos para acompanhamento da coagulação do sangue – RNI), a dabigatrana e a rivaroxabana (comprimidos, modernos medicamentos anticoagulantes, sem necessidade de exames de sangue para acompanhamento da coagulação do sangue), ou com os chamados antitrombóticos, que impedem o desenvolvimento dos coágulos e traz menos riscos ao paciente.
O médico deve indicar qual o melhor tratamento para o paciente, por quanto tempo ele deve ser seguido e quais os cuidados adicionais que devem ser adotados. O tratamento adequado pode reduzir em até dois terços a incidência de trombose e em até um terço os casos de embolia pulmonar.
Os médicos recomendam que a pessoa fique atenta ao surgimento e evolução de varizes, e que se procure um médico se aparecerem nódulos, vermelhidão ou se a região ficar mais quente. Além disso, é essencial evitar a combinação do cigarro com o uso de pílulas anticoncepcionais ou terapia de reposição hormonal, pois isso aumenta o risco de trombose. Pacientes que vão se submeter a cirurgias devem conversar com seus médicos sobre os cuidados para evitar a doença, mesmo após a alta hospitalar.
Boa Saúde - http://www.boasaude.com.br/
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