Uma prática perigosa tem ganhado espaço nas escolares brasileiras, a chamada “brincadeira do desmaio”.
Compartilhada amplamente na Internet, é realizada por grupos de jovens e adolescentes em todo o país, mas tal prática não chega a ser uma novidade. Na França e Estados Unidos, há alguns anos, uma série de mortes causadas pela mesma “brincadeira” despertou campanhas educativas para professores, pais e alunos.
Segundo o Diretor Científico da Sociedade de Pediatria do Rio Grande do Sul, Ilson Enk, os praticantes desconhecem os riscos reais que vão desde sérias lesões a até mesmo a morte.
A indução ao desmaio, na verdade, ocasiona uma hiperventilação, onde o jovem elimina transitoriamente uma grande quantidade de gás carbônico e aumenta o nível circulante de oxigênio. A retenção de gás carbônico leva a tontura e alucinação, além de privar o oxigênio.
O especialista ainda alerta para outros riscos:
– Hematomas e traumatismo craniano: durante a queda, o jovem pode se machucar;
– Crise convulsiva: pode prejudicar as funções cerebrais;
– Coma: causado pela falta de oxigenação no cérebro;
– Lesões cerebrais irreversíveis: alterações visuais, na motricidade, na fala e até prejuízos na interpretação do raciocínio;
– Dependência: o jovem pode se viciar na tontura pós-desmaio e ficar dependente dessa sensação, semelhante ao efeito das drogas;
– Morte: pode ocorrer devido à parada respiratória seguida da parada cardíaca.
Fonte: Sociedade de Pediatria do Rio Grande do Sul. PlayPress Assessoria de Imprensa.