Consumo de alimentos processados resulta em problemas cardiovasculares

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Saúde da família

burgerÉ cada vez mais comum o consumo de alimentos processados e ultraprocessados em detrimentos dos in natura. Com isso, além do aumento da taxa de obesidade e doenças relacionadas a essa, aumentaram, também, os casos de mortalidade por doenças cardiovasculares.

Estudo realizado em conjunto pela Universidade de São Paulo (USP), Universidade Federal de Uberlândia (UFU) e Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERG) investigou os hábitos alimentares da população de dez capitais brasileiras ao longo de 20 anos e estimou as frações de mortalidade por doenças cardiovasculares, incluindo doença arterial coronariana e todas as causas atribuídas à alimentação.

Foi observado que as taxas de mortalidade caíram durante o período analisado, mas a carga de resultados atribuídos ao consumo alimentar aumentou, especialmente aquela associada ao consumo de alimentos não saudáveis.

Os pesquisadores ressaltam que 3.195 mortes resultantes de doença arterial coronariana não foram prevenidas por causa do consumo de alimentos processados, assim como os 5.340 óbitos por doenças cardiovasculares e 16.970 mortes por todas as causas.

Para os pesquisadores, as taxas de mortalidade não foram maiores porque algumas mudanças de hábitos da população analisada foram favoráveis, como a redução do tabagismo e o aumento da prática de atividade física. Além disso, o aumento da cobertura do Programa Saúde da Família e a melhora da prevenção primária e secundária contribuíram para as reduções.

Medscape, 13 de julho de 2016

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