Quando ocorrem grandes desastres, especialmente os naturais, começam a surgir campanhas em todo o mundo para arrecadar verbas para os sobreviventes. Contudo, estudo da Universidade de Erasmus, na Holanda, descobriu que as pessoas se motivam a doar pelo número de mortos, e não pela quantidade de sobreviventes. A lógica é simples: quanto mais mortos, mais doações.
Os pesquisadores analisaram dados de ajuda humanitária para catástrofes naturais ocorridas entre 2000 e 2010, e descobriram que o número de mortes prevê a probabilidade de doação, bem como a quantia doada.
O modelo desenvolvido pelos pesquisadores estimulou que cerca de 9.300 dólares foi doado por cada pessoa que morreu em um determinado desastre. No entanto, o número de pessoas afetadas nos desastres parecia não ter influência sobre o valor doado para os esforços de socorro.
Para os pesquisadores, é necessário trabalhar com a comunidade a fim de focar as doações nos sobreviventes e no que esses precisam.
Os resultados foram publicados na revista Psychological Science.
- Leia mais em UPI
- Crianças em luto podem sofrer de estresse pós-traumático. Leia em Boa Saúde
- Quais são os impactos dos desastres sobre a saúde mental? Descubra em Bibliomed
Realmente, é preciso focar nos sobreviventes para que os mesmos tenham uma boa ajuda para recomeçar.