Folhetos de saúde

Alergia a picada de abelhas e vespas

© Equipe Editorial Bibliomed

1. Toda picada de abelha ou vespa produz alergia?

Não. Muitas vezes, pode ocorrer apenas a formação de um inchaço, com vermelhidão e dor no local da picada, não constituindo esses sintomas uma reação alérgica.

2. Quando ocorre uma reação alérgica à picada de abelhas e vespas?

A alergia à picada de abelhas e vespas só irá ocorrer quando o indivíduo tiver uma predisposição, devido à sensibilização decorrente de picadas anteriores.

3. Como ocorre o desenvolvimento da alergia à picada de abelhas e vespas?

Quando um indivíduo é picado por abelhas e vespas, seu corpo pode produzir anticorpos (células de defesa do organismo) contra determinado veneno. Caso ocorra uma nova picada, mesmo após muitos anos da ocorrência da primeira, pode ser desencadeada uma resposta do sistema imune, com a produção de anticorpos em grande escala, desenvolvendo-se uma resposta alérgica.

4. Quais os tipos de respostas alérgicas podem ocorrer com a picada de abelhas e vespas?

Podem ocorrer desde reações locais de grande intensidade até manifestações sistêmicas (em todo o organismo). Dentre as manifestações comumente encontradas, citam-se:

• Reação anafilática;
• Urticária e angioedema;
• Tonteira;
• Queda de pressão;
• Falta de ar e chieira no peito;
• Rouquidão e sensação de aperto na garganta;
• Perda da consciência;
• Manifestações cutâneas (apenas na pele).

5. Com que freqüência é observada a alergia à picada de abelhas e vespas?

Alguns estudos têm demonstrado que cerca de 25 a 60% dos indivíduos adultos já tiveram alguma reação sistêmica à picada de abelhas e vespas. Estima-se que aproximadamente 8% das crianças apresentam esse tipo de manifestação.

6. Uma vez picado por uma abelha ou vespa, a resposta alérgica será a mesma?

Depende, mas na maioria das vezes é isso que ocorre. A gravidade da resposta alérgica está relacionada com o número de picadas e ao intervalo entre elas. Normalmente, a sensibilização à picada de abelhas e vespas desaparece com o passar do tempo, mais ela é mais freqüente em crianças do que em adultos. Entretanto, pode acontecer de um indivíduo que tenha perdido sua sensibilização se sensibilize novamente após novas picadas.

7. Como é feito o diagnóstico?

O diagnóstico é feito com base do relato de picada de abelhas ou vespas e de testes cutâneos positivos, como o RAST.

8. Como é feito o tratamento da alergia à picada de abelhas e vespas?

O tratamento é feito de acordo com as manifestações clínicas. Pode ser desde apenas compressas frias locais e medicamentos tópicos, até o uso de medicações orais (anti-histamínicos e corticóides). Eventualmente, nas reações graves, podem ser necessários corticóides intramusculares ou intravenosos, até mesmo o uso de adrenalina. Quando o ferrão ainda está no local da picada, deve se ter muita cautela ao retirá-lo, para evitar que se rompa a bolsa de veneno, e ocorra maior inoculação do mesmo. Consulte sempre seu médico.

Fonte:

LICHTENSTEIN, L. M. Alergia a picadas de insetos in: Goldman, L.; Bennett, J. C. Cecil – Tratado de Medicina Interna, 21°ed. Guanabara Koogan. RJ, 2001: 1618-1620.

SAMPAIO, S.A.P.; RIVITI, E. A. Dermatoses por toxinas e venenos animais in: SAMPAIO, S.A.P.;RIVITI, E. A. Dermatologia. 2° ed, ARTES MÉDICAS,  São Paulo, 2001:593-601.