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Estudo traz nova possibilidade para o controle da dengue

30 de janeiro de 2013 (Bibliomed). No dia 24 de setembro de 2012 no Congresso Internacional de Medicina Tropical foi apresentada uma nova estratégia de pesquisa para o controle da dengue. O programa internacional Eliminar a Dengue: Nosso Desafio traz um projeto para o Brasil, introduzindo uma nova abordagem sendo testada na Austrália, no Vietnã e na Indonésia.

O projeto Eliminar a Dengue: Desafio Brasil está integrado ao objetivo geral do programa, que é impedir a transmissão do vírus da doença através do mosquito Aedes aegypti. Atualmente, a Organização Mundial da Saúde estima que 100 países sejam ameaçados pelo vírus.

A nova forma de controle está baseada na bactéria Wolbachia, encontrada naturalmente em insetos. Sua introdução no Aedes aegypti impediria que o mosquito transmitisse a dengue. A soltura de mosquitos com a bactéria levaria à reprodução desses espécimes, passando a bactéria de mãe para filho. Com o tempo a maior parte da população de mosquitos teria a Wolbachia, não sendo mais transmissores da doença.

O projeto está ainda na sua primeira fase, sendo focado em laboratório onde está sendo feita a manutenção de colônias de mosquitos com a Wolbachia e do cruzamento com o Aedes aegypti. Prevê-se para 2013 a construção de uma gaiola no campus da Fiocruz para testes intermediários e estão sendo selecionados locais para soltura em 2014.

Se bem sucedido, o programa eliminará a dengue e beneficiará dois quintos da população mundial, cerca de 2,5 bilhões de pessoas. Outros benefícios incluem a redução da dependência do uso de métodos convencionais de combate ao mosquito, como os inseticidas.

De acordo com Jarbas Barbosa, secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, fazer pesquisas sobre a dengue é uma ferramenta importante no seu combate. “A dengue é uma doença complexa e o Ministério da Saúde está apoiando todas as ferramentas de combate à doença. A pesquisa está no início, mas esperamos que em alguns anos o resultado positivo possa ser comemorado”, explica.

Fonte: Portal da Saúde, 24 de setembro de 2012