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29 de maio de 2014 (Bibliomed). O estado pós-parto está associado com um risco substancialmente aumentado de trombose. É incerto até que ponto este risco aumentado persiste além do período pós-parto convencionalmente definido como sendo de 6 semanas.
Uma nova pesquisa, publicada na revista The New England Journal of Medicine, buscou uma melhor avaliação desta condição.
Na pesquisa, usando dados de altas de departamentos de emergência hospitalar, foi-se identificado mulheres que foram internadas para o parto, entre 1 de janeiro de 2005 e 30 de junho de 2010. Também foram identificados desfechos primários compostos de acidente vascular cerebral isquêmico, infarto agudo do miocárdio ou tromboembolismo venoso. Utilizou-se regressão logística condicional para avaliar a probabilidade de um primeiro evento trombótico de cada paciente durante períodos sequenciais de 6 semanas após o parto.
Entre 1.687.930 mulheres com parto registrado pela primeira vez, 1.015 tiveram um evento trombótico (248 casos de acidente vascular cerebral, 47 casos de infarto do miocárdio, e 720 casos de tromboembolismo venoso), no período de 1 ano, até 24 semanas após o parto. O risco de eventos trombóticos primários foi marcadamente superior dentro de 6 semanas após o parto do que no mesmo período de um ano depois, com 411 eventos versus 38 eventos, com diferença de risco de 10,8 eventos a cada 100.000 partos. Houve também um aumento modesto, mas significativo no risco durante o período de 7 a 12 semanas após o parto, em comparação com o mesmo período de um ano depois, com 95 contra 44 eventos.
Os riscos de eventos trombóticos não foram significativamente aumentados para além das 12 semanas após o parto. Entre os pacientes do estudo, um elevado risco de trombose persistiu até pelo menos 12 semanas após o parto. No entanto, o aumento absoluto do risco além de 6 semanas após o parto foi baixa.
Fonte: N Engl J Med 2014; 370:1307-1315 03 de abril de 2014.
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