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23 de outubro de 2014 (Bibliomed). De acordo com um relatório recente do Centro de Controle e Prevenção de Doenças, os casos de infecção pelo vírus Ebola na Libéria estão dobrando a cada 15 a 20 dias, e aqueles em Serra Leoa e Guiné estão dobrando a cada 30 a 40 dias. Não há nenhum tratamento conhecido para o vírus, o qual é espalhado pela transmissão de fluidos corporais.
Os cientistas que mapearam a forma e a estrutura de uma proteína-chave do vírus Ebola dizem que sua descoberta pode ajudar os esforços para desenvolver medicamentos para prevenir ou tratar a infecção mortal causada pelo microorganismo. A proteína tem uma arquitetura molecular diferente de qualquer proteína conhecida existente, de acordo com os investigadores. Sua forma distinta pode ser crucial para a aneira como o vírus se replica dentro das células, disseram.
Pesquisadores em todo o mundo estão a tentar desenvolver tratamentos Ebola em face de uma epidemia na África Ocidental, que já matou milhares de pessoas. Na semana passada a primeira pessoa diagnosticada com a doença nos Estados Unidos morreu na cidade de Dallas, Texas. E pela primeira vez no Brasil, um caso suspeito foi investigado.
A proteína identificada é funcionalmente muito importante, porque é a responsável pela embalagem do ácido ribonucléico na célula. A identificação dará pistas sobre como interferir com o processo de infecção, bem como a replicação do vírus, que pode, por sua vez, levar à descoberta de novas drogas e terapias que iriam tratar a doença.
Isto também significa que ele pode ser mais fácil de conceber fármacos que se ligam a esta proteína.
O estudo foi publicado on-line em setembro na revista Acta Crystallographica Section D.
Fonte: University of Virginia, news release, Oct. 9, 2014
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