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29 de julho de 2015 (Bibliomed). Em pacientes pediátricos submetidos à sedação, a obesidade está associada a maior risco de eventos adversos respiratórios e frequência das intervenções em vias aéreas, de acordo com pesquisa publicada na edição de julho de 2015 da revista Pediatric Anesthesia.
Pesquisadores americanos avaliaram prospectivamente dados coletados do Pediatric Sedation Research Consortium, para examinar o impacto da obesidade sobre a sedação pediátrica. Eles compararam os resultados relacionados com sedação, eventos adversos e intervenções terapêuticas para pacientes obesos e não obesos. Os dados foram incluídos para 28.792 pacientes, dos quais 17,9 por cento eram obesos.
Os pesquisadores descobriram que a probabilidade de eventos adversos totais estava aumentada em pacientes obesos (odds ratio, 1,49). Houve aumentos em eventos respiratórios, incluindo obstrução das vias aéreas, dessaturação de oxigênio, secreções e laringospasmo (razão de chances, 1,94, 1,99, 1,48, e 2,30, respectivamente); incapacidade de concluir o procedimento associado (odds ratio, 1,96); e recuperação prolongada (odds ratio, 2,66). Um intervenção nas vias aéreas, incluindo reposicionamento, aspiração, tração da mandíbula, e ventilação com bolsa-válvula-máscara, foi mais frequentemente exigida para pacientes obesos. Após análise de regressão multivariada, verificou-se que a obesidade esteve associada de forma independente com eventos adversos leves e moderados.
Assim, pode-se concluir que a obesidade é um fator de risco independente para eventos respiratórios adversos durante a sedação e está associada a um aumento da frequência das intervenções das vias aéreas, sugerindo que a vigilância e conhecimentos adicionais são necessários quando esses pacientes estiverem sob sedação.
Fonte: Pediatric Anesthesia. Volume 25, Issue 7, pages 689–697, July 2015
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