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Novos casos de sífilis congênita despertam atenção da comunidade médica

27 de janeiro de 2016 (Bibliomed). Os casos de sífilis congênitas aumentaram em 38% entre 2012 e 2014, de acordo com pesquisa publicada na edição de novembro de 2015 da revista Morbidity and Mortality Weekly Report, editada pelos U.S. Centers for Disease Control and Prevention.

O aumento representa um rápido retorno em relação a apenas alguns anos atrás. Os índices haviam caído entre 2008 e 2012, e os relatos de crianças infectadas com sífilis diminuíram de 10,5 casos por 100.000 nascidos vivos para 8,4 casos por 100.000 nascidos vivos.

Agora, no período de 2012-2014, os casos de sífilis congênita nos Estados Unidos aumentaram de 334 para 458, o que representa um aumento na incidência de 8,4 para 11,6 casos por 100.000 nascidos vivos. Houve ainda um aumento de 22,2% na taxa de sífilis primária e secundária entre as mulheres, passando de 0,9 para 1,1 casos por 100.000 mulheres durante o mesmo período.

Os autores acreditam que este aumento da sífilis congênita espelha as tendências observadas na taxa de sífilis entre as mulheres. Os autores acrescentaram que as taxas de sífilis estão aumentando tanto entre os homens como entre as mulheres, incluindo aqueles que são gays e bissexuais, mas a razão pela qual isso está ocorrendo não é clara. Mas dos 458 bebês infectados com sífilis nascidos em 2014, 22% de suas mães não tinha pré-natal. Entre as mulheres que tiveram pelo menos uma consulta pré-natal, 43% não foram tratadas para a sífilis, embora quase metade foram diagnosticados com a doença. Além disso, 15% não foram testados para sífilis durante a gravidez.

O estudo concluiu que a sífilis congênita é uma tragédia desnecessária, e é necessário fazer um trabalho melhor de proteger os recém-nascidos desta perigosa infecção.

Fonte: Morbidity and Mortality Weekly Report (MMWR). November 13, 2015 / 64(44);1241-1245

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