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16 de fevereiro de 2016 (Bibliomed). Os esforços para criar uma vacina contra o vírus Zika estão recebendo um impulso adicional a partir de lições aprendidas durante as campanhas anteriores contra outros vírus transmitidos por mosquitos.
Os pesquisadores estão trabalhando em duas potenciais vacinas, cada uma baseada em vacinas anteriores criadas em resposta a surtos anteriores de vírus do Nilo Ocidental e da dengue, segundo informaram pesquisadores do U.S. National Institute of Allergy and Infectious Diseases. Na verdade, existe uma vantagem a existência de plataformas de vacinas já desenvolvidas para usar como uma espécie de ponto de partida.
Uma vacina contra o vírus Zika pode estar pronta para testes clínicos ainda este ano, provavelmente irão decorrer anos antes que a vacina esteja pronta para o mercado. O principal problema de saúde neste momento é para as mulheres grávidas que estão expostas ao vírus, pelo risco de lesões neurológicas graves em seus bebês.
Nos Estados Unidos, o CDC emitiu um alerta de saúde orientando as mulheres grávidas para evitar os mais de 20 países na América Central e do Sul onde a infecção está ativa a infecção pelo Zika. O Zika vírus também está presente em dois territórios dos EUA, Porto Rico e Ilhas Virgens.
A Diretora-Geral Organização Mundial da Saúde (OMS), Dra. Margaret Chan, declarou que a tendência do Zika é a de se "espalhar de forma explosiva”. As autoridades de saúde brasileiras observaram um aumento dramático durante o surto de Zika de bebês nascidos com microcefalia, uma diminuição anormal da cabeça associada com o desenvolvimento do cérebro e incapacidade. Testes de laboratório do CDC "sugerem fortemente" uma ligação entre o vírus Zika e pelo menos alguns dos mais de 3.500 bebês nascidos com esta condição no Brasil no ano passado.
O U.S. National Institute of Allergy and Infectious Diseases destacou que o vírus não apresenta um forte risco para a saúde para a pessoa média. Cerca de quatro em cada cinco pessoas que são infectadas com Zika nunca têm sintomas completos; aqueles que ficam doentes geralmente têm sintomas muito leves: febre, erupção cutânea, dor nas articulações e olhos vermelhos ou conjuntivite. “Os sintomas geralmente duram de dois dias a até uma semana.”
Entretanto, as autoridades de saúde no Brasil também relataram um aumento na síndrome de Guillain-Barré, uma doença neurológica rara que provoca fraqueza muscular e paralisia. Os pesquisadores estão agora investigando se há alguma ligação entre o vírus Zika e a síndrome de Guillain-Barré.
Fonte: U.S. National Institute of Allergy and Infectious Diseases; Anne Schuchat, M.D., principal deputy director, U.S. Centers for Disease Control and Prevention
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