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01 de agosto de 2016 (Bibliomed). O vírus Zika é normalmente transmitido por picadas de mosquito. Para a maioria das pessoas os riscos para a saúde são leves. Mas a infecção materna durante a gravidez pode desencadear microcefalia, uma condição em que os bebês nascem com cabeças muito pequenas e problemas neurológicos.
A história da Zika, que foi descoberto em Uganda em 1947, pode fornecer lições valiosas para a crise atual no Brasil, Colômbia, Porto Rico e outras partes das Américas. Uma equipe de especialistas em surtos de doenças acredita que a epidemia de Zika que aflige a América Latina irá terminar dentro de três anos. Eles basearam sua estimativa utilizando dados disponíveis sobre o surto, que até agora envolveu milhares de casos de defeitos do nascimento ligados à infecção pelo Zika, principalmente no Brasil.
Em um artigo publicado na revista Science reuniu todos os dados existentes sobre a transmissão do Zika em toda a América Latina. Foram usados dados existentes, juntamente com informações sobre surtos de vírus semelhantes, como a dengue, para criar um modelo que representava o surto atual e futuros padrões de transmissão.
Esta análise sugere que Zika propagação não é capaz de ser contida, mas que a epidemia vai acabar por desaparecer devido a um fenômeno chamado de “imunidade de rebanho”. Isso porque as pessoas que já foram infectadas pelo Zika não são susceptíveis de serem re-infectadas, levando a que a epidemia desapareça no prazo de três anos, os autores do estudo estimam.
A epidemia atinge uma fase em que existem muito poucas pessoas que deixaram de ser infectadas, fazendo com que a transmissão não seja sustentada. Quanto ao atual surto Zika, já pode ser tarde demais para fazer muito para reduzir o número de casos.
Fontes: Imperial College London, news release, July 14, 2016; Johns Hopkins University Bloomberg School of Public Health, news release, July 14, 2016
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