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13 de setembro de 2018 (Bibliomed). O álcool contribui para 2,8 milhões de mortes por ano em todo o mundo, e não há nível seguro de consumo de álcool, mostra estudo publicado na revista The Lancet.
A nova análise de centenas de estudos realizados entre 1990 e 2016 constatou que uma em cada três pessoas no mundo (2,4 bilhões de pessoas) ingere bebida alcóolica e que 6,8% dos homens e 2,2% das mulheres morrem de problemas de saúde relacionados ao álcool a cada ano.
A Dinamarca liderou a lista para a maioria daqueles que bebem (97% dos homens e 95% das mulheres), enquanto a Romênia (homens) e a Ucrânia (mulheres) tem aqueles que bebem de forma mais pesada.
Em todo o mundo, o uso de álcool foi o sétimo fator de risco de morte precoce e incapacidade em 2016. Foi a principal causa de morte prematura e incapacidade entre os 15 e os 49 anos de idade, representando uma em cada 10 mortes. Nesta faixa etária, as principais causas de mortes relacionadas ao álcool foram tuberculose (1,4%), lesões na estrada (1,2%) e automutilação (1,1%), mostraram os resultados.
Entre as pessoas de 50 anos ou mais, o câncer foi uma das principais causas de morte relacionada ao álcool, sendo responsável por 27% das mortes em mulheres e quase 19% das mortes em homens.
Qualquer proteção que o álcool possa proporcionar contra doenças cardíacas é superada pelos problemas de saúde que causa, particularmente o câncer, de acordo com os autores do estudo.
Os pesquisadores calcularam que as pessoas que tomam uma bebida padrão (10 gramas de álcool puro) por dia têm um risco 0,5% maior de um dos 23 problemas de saúde relacionados ao álcool do que os abstêmios.
O risco era 7% maior em pessoas que tomavam dois drinques por dia e 37% mais entre as pessoas que tomavam cinco drinques por dia, de acordo com o relatório.
O novo estudo oferece forte apoio a uma diretriz do Reino Unido que indica que não existe 'nível seguro de consumo de álcool.
Fonte: The Lancet. News release.
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