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15 de agosto de 2019 (Bibliomed). Muitos pais ainda temem discutir sexo com seus filhos adolescentes, acreditando que isso vá estimulá-los a iniciar a vida sexual precocemente, o que poderia resultar em práticas sexuais inseguras. Contudo, análise realizada na North Carolina State University, nos Estados Unidos, mostrou que os jovens que discutem sexo com seus pais não se tornam mais propensos a se tornarem sexualmente ativos precocemente e, quando iniciam a vida sexual, adotam práticas mais seguras.
Os pesquisadores analisaram 31 estudos sobre a eficácia das intervenções de saúde sexual baseadas nos pais. Ao todo, a pesquisa incluiu quase 12.500 jovens com idades entre nove e 18 anos. Essas intervenções trabalham com os pais e, frequentemente, com os filhos, em áreas como a comunicação sobre sexo, o fornecimento de informações sobre saúde sexual e o incentivo ao sexo seguro.
Os resultados mostraram que adolescentes cujos pais participaram de uma intervenção eram mais propensos a usar preservativos. Certos tipos de intervenções tiveram um efeito maior a esse respeito do que outros: aqueles voltados para crianças de 14 anos ou menos; aqueles projetados para jovens negros ou hispânicos; aqueles que visavam pais e filhos igualmente; e aqueles que duraram 10 horas ou mais. Os pesquisadores descobriram, também, que as intervenções não afetaram a idade em que as crianças se tornaram sexualmente ativas.
De acordo com os pesquisadores, estes resultados mostram que chegar até as crianças quando elas são mais jovens, e frequentemente mais dispostas a ouvir, envolvendo os pais no processo de educação e saúde sexual, não torna as crianças sexualmente ativas precocemente, e as tornam mais conscientes e propensas a usarem preservativos quando iniciarem sua vida sexual.
Fonte: JAMA Pediatrics.
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