Notícias de saúde
Por Gavin Pattison
GULU, Uganda (Reuters) - Especialistas em saúde que lutam contra o surto do Ebola no
norte de Uganda afirmaram na segunda-feira que começarão a pesquisar a origem da
epidemia assim que ela estiver controlada.
Autoridades da cidade de Gulu afirmaram que mais uma pessoa morreu em decorrência do
Ebola nas últimas 24 horas, elevando o número de vítimas fatais para 55. Outros 160
pacientes com suspeita de Ebola estão sendo tratados nos dois principais hospitais da
cidade.
Uma equipe do Centro de Controle e Prevenção de Doenças de Atlanta afirmou ter
começado a fazer testes nos pacientes para em breve poder isolar os portadores da
doença.
"Nós montamos um laboratório no hospital de Lacor e agora podemos fazer vários
exames rotineiramente", disse Pierre Rollin, chefe da equipe norte-americana, à
Reuters.
Ele afirmou que, uma vez que o laboratório esteja funcionando em sua plena capacidade,
será possível analisar várias amostras de sangue ao mesmo tempo. Isso permitirá que
amigos e parentes das vítimas do Ebola sejam procurados e examinados.
Não há cura conhecida para a febre hemorrágica provocada pelo Ebola, doença
transmitida pelo contato humano.
Antes do mais recente surto da doença, o Ebola já havia provocado a morte de 793
pessoas, entre os 1.100 casos registrados desde a primeira ocorrência, no antigo Zaire,
em 1976.
Rollin afirmou que, se for possível descobrir a primeira pessoa que contraiu a doença
dessa vez, os médicos poderão tentar descobrir o habitat natural do vírus.
A investigação de uma epidemia de Ebola no Gabão, país do oeste da África, em 1996,
chegou até um chimpanzé morto, encontrado na floresta por caçadores. Todas as 19
pessoas que se aproximaram do chimpanzé morreram. Mas os primatas não são o
reservatório do Ebola, pois morrem muito rápido quando contraem a doença. Segundo
Rollin, os chimpanzés contraíram a doença de outra fonte na floresta.
Sinopse preparada por Reuters Health
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