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NOVA YORK (Reuters Health) - Os homens submetidos à cirurgia para
remoção da próstata que não recuperaram a função erétil podem se beneficiar do Viagra, informaram pesquisadores.
A droga parece não ajudar por um período de até cerca de nove meses depois da cirurgia.
Depois, pode restaurar a ereção em homens submetidos à cirurgia que preserva as
terminações nervosas, com mais sucesso em jovens do que em idosos. O trabalho foi
publicado na edição de outubro do Urology.
"Em um teste anterior à aprovação pela Food and Drug Administration (FDA), o
sildenafil (Viagra) restaurou adequadamente a função erétil em cerca de 40 por cento
dos homens submetidos à prostatectomia radical, com uma taxa de resposta estimada de 80
por cento nos pacientes submetidos ao procedimento que preserva os nervos", informou
a equipe de Gregory P. Zagaja, do Centro Médico da Universidade de Chicago, em Illinois.
Em um estudo com 170 pacientes com câncer de próstata, os especialistas verificaram que
29 por cento pareceram se beneficiar com a droga quando usada um ano após a cirurgia. A
taxa de sucesso variou conforme a idade do paciente e o tipo de cirurgia.
Um ano depois da cirurgia, 80 por cento dos homens com menos de 55 anos de idade, que
tiveram os dois feixes nervosos preservados, foram capazes de ter uma ereção depois de
tomar Viagra, enquanto 45 por cento dos homens entre 56 e 65 anos de idade e 33 por cento
dos homens com mais de 66 anos informaram ter tido ereção.
Entre os que tiveram apenas um dos feixes nervosos preservado, apenas 40 por cento dos
homens com menos de 55 anos relataram ter ereções, enquanto nenhum dos pacientes com
mais de 55 anos teve ereção. Nenhum dos homens teve sucesso com Viagra quando os dois
feixes de nervos foram removidos.
Os homens submetidos a uma prostatectomia radical, cirurgia em que a próstata é removida
parcial ou totalmente, geralmente foram incapazes de ter uma ereção se os nervos foram
danificados. O pênis precisa de fluxo sanguíneo adequado para ficar ereto e os danos ao
nervo impedem o fluxo normal de sangue.
O Viagra ajuda a ampliar a resposta à estimulação dos nervos pélvicos, mas se os
nervos são removidos a droga não tem como agir.
De acordo com os especialistas, como o Viagra se mostrou ineficaz durante vários meses
depois da cirurgia, outros tipos de tratamento como a alprostadil -- droga que promove
ereção depois de injetada no pênis ou usada em forma de supositório -- podem ser mais
indicados nesse período.
O trabalho indicou que alguns pacientes usaram a droga e recuperaram a capacidade de ter
ereções naturais relativamente cedo, logo depois da cirurgia.
Sinopse preparada por Reuters Health
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