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Por Alan Mozes
NOVA YORK (Reuters Health) - Para os hipertensos, controlar a pressão e a frequência
cardíaca pode depender apenas de um latido amigo. Segundo uma pesquisa, donos de cães
que cuidavam de marido ou esposa com lesão cerebral sofriam menos estresse do que os que
não tinham animal de estimação.
"De alguma forma, criar e cuidar do animal faz diferença na administração do
estresse, as pessoas percebem que os animais também se preocupam com elas", informou
Karen Allen da Universidade do Estado de Nova York, em Buffalo.
Allen apresentou seu trabalho na quinta-feira, durante o encontro anual da Society for
Psychophysiological Research (Sociedade para Pesquisa Psicofisiológica), em San Diego.
Allan acompanhou durante um ano a pressão sanguínea e a reação ao estresse de 60
homens e mulheres que tomavam remédio para hipertensão e cuidavam de seus companheiros,
vítimas de lesões cerebrais traumáticas.
Metade do grupo adotou cachorros por seis meses e todos os participantes continuaram
cuidando do parente doente. Depois de meio ano, a outra metade dos participantes também
adotou cães. No início, todos os participantes tinham reações similares ao estresse da
vida real e ao criado em laboratório, informou a pesquisadora. Depois de seis meses, o
grupo que adotou os cães teve um aumento muito menor da pressão sanguínea que as
pessoas que não conviviam com os animais.
Depois de seis meses, os animais de estimação foram dados a todos os participantes e os
registros de pressão arterial se tornaram novamente equilibrados -- com a pressão
arterial das pessoas que adotaram os animais mais tarde se aproximando dos níveis
daqueles que pegaram os cães logo no início do estudo. As descobertas podem ser muito
importantes já que os medicamentos para hipertensão são eficazes para o dia-a-dia, mas
não são muito úteis para pessoas em situações de estresse ou com estilo de vida
desgastante, disse Allen à Reuters Health.
Mais pesquisas são necessárias para apontar por que os cachorros têm um efeito
benéfico para os donos. "Parecem ajudar a ter um pouco de tempo onde ninguém julga
você, apenas está ali compartilhando sua vida", disse a pesquisadora.
Sinopse preparada por Reuters Health
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