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MOSCOU (Reuters) - Especialistas descreveram na terça-feira um quadro de
deterioração da saúde russa e culparam as condições sociais precárias do país,
bebida e cigarro.
"Este ano teve a marca da piora da saúde russa e forçou os médicos a falar sobre
uma catástrofe nacional", disse Oleg Shchepin, da Academia Russa de Ciências
Médicas, segundo a agência de notícias Interfax.
O especialista falou durante encontro realizado pelo Ministério da Saúde para discutir a
situação da assistência à saúde na Rússia no ano passado.
Segundo Shchepin, a expectativa de vida geral caiu um ano em 1999, alcançando 65,5 anos.
Os homens viveram em média 59,8 anos e as mulheres, 72 anos. O nível geral de
enfermidades cresceu 15 por cento, enquanto o número de pessoas consideradas inválidas
triplicou nos últimos dez anos.
Segundo Shchepin, a taxa de mortalidade em 1999 foi de 14,7 pessoas por mil, enquanto a
taxa de natalidade ficou em 8,4 pessoas por mil. No relatório do serviço de
estatísticas do país, as taxas de 1998 foram 13,6 e 8,8 respectivamente.
O hematologista Andrei Vorobyev disse durante o encontro, segundo a agência de notícias
RIA, que as principais razões para a piora das estatísticas seriam o cigarro e a vodka,
que teriam resultado em mais casos de câncer, problemas cardíacos e mortes relacionadas
a acidentes.
Muitos russos ficaram mais pobres depois da crise ocorrida na antiga União Soviética e
os salários não conseguiram acompanhar a alta dos preços dos alimentos e dos serviços
de saúde.
A expectativa de vida na ex-União Soviética era cerca de 64,3 anos e caiu para menos de
57,6, em 1994.
Conforme a agência de notícias, o ministro da Saúde, Yuri Shevchenko, disse durante o
encontro que a saúde precisa ser discutida pelo Conselho de Segurança, a principal
instância de assessoria do presidente Vladimir Putin.
Putin deu o alarme contra a diminuição da população russa, dizendo que a
sobrevivência da nação está ameaçada.
Sinopse preparada por Reuters Health
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