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NOVA YORK (Reuters Health) - Pessoas pobres em países em desenvolvimento não estão
tendo acesso aos serviços de saúde mais básicos, como imunizações e atendimento pré-natal,
de acordo com uma nova série de relatórios liberados na segunda-feira pelo Banco Mundial
(Bird).
Os relatórios destacam diferenças marcantes entre o atendimento de pessoas ricas e pobres em
44 países em desenvolvimento. A linha divisória econômica é evidente, por exemplo, nos índices
de mortalidade de crianças bolivianas e turcas com menos de 5 anos.
Os índices de mortalidade de crianças mais pobres pode ser quatro vezes maior do que
daqueles de crianças com maior poder aquisitivo.
Além disso, de acordo com os relatórios, menos de 40 por cento das crianças mais pobres
estão totalmente vacinadas, em comparação a cerca de 70 por cento das crianças mais ricas da
África subsaariana.
Um relatório da Nicarágua revela que uma mulher média vivendo na pobreza terá mais de seis
filhos durante sua vida, em comparação a dois filhos para mulheres mais ricas.
O relatório de Bangladesh demonstra que uma mulher rica está 15 vezes mais propensa do que
uma mulher pobre a ter a assistência de uma pessoa com treinamento médico -- como
enfermeira, enfermeira parteira ou médico -- durante o parto.
"Estes relatórios mostram claramente que programas de saúde básicos não estão servindo os
pobres o suficiente para acabar com a desigualdade com os ricos", disse Davidson Gwatkin,
especialista em saúde e pobreza do Banco Mundial.
"Eles destacam uma necessidade clara e urgente para esforços redobrados e mais eficazes para
atingir pessoas em maior necessidade", acrescentou Gwatkin.
Os relatórios foram encomendados pelo grupo de Diferenças Socioeconômicas em Saúde,
Nutrição e População, do Bird.
Os novos relatórios avaliam a saúde, nutrição e população de cada 20 por cento da população
de um país medidas pelo poder aquisitivo da família, em vez de apresentar os dados para
populações nacionais ou regionais inteiras.
"Isso possibilita examinar cada 20 por cento separadamente e comparar as condições entre os
grupos separados", explicou Gwatkin.
Sinopse preparada por Reuters Health
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