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17 de Janeiro de 2002 (Bibliomed). As queimaduras são as lesões mais comuns causadas por fogos de artifício, mas a inalação de seus gases também pode ser uma grave ameaça a pessoas com asma, alertaram médicos.
Dois casos em que os fogos de artifício desencadearam ataques em crianças asmáticas foram apresentados por Jack M. Becker, do Centro Médico Infantil da Universidade Temple, na Filadélfia, Pensilvânia, e sua equipe, na edição de dezembro de Annals de Allergy, Asthma and Immunology.
O primeiro paciente, um garoto hispânico de 13 anos com um histórico de asma grave, deu entrada no hospital com dificuldade de respiração. Naquele dia, o menino havia passado uma hora acendendo fogos de artifício e depois havia sido exposto a esmaltes. Seu ataque de asma foi tão grave que o menino foi encaminhado a uma unidade de terapia intensiva (UTI) do hospital.
Depois de ser tratado com drogas para asma e oxigênio, sua condição melhorou e ele foi liberado após ficar três dias internado.
O resultado não foi tão bom para a segunda paciente, uma menina de 9 anos com um histórico de asma moderada. Ela apresentou dificuldade de respiração após brincar com fogos de artifício durante um piquenique no feriado norte-americano de 4 de julho e no caminho para o pronto-socorro seu coração parou de bater.
Os esforços de ressuscitação foram bem-sucedidos e após terapia para asma e ventilação mecânica seus sintomas respiratórios melhoraram. Mas a menina sofreu falta de oxigênio grave no cérebro enquanto seu coração não estava batendo. No quinto dia de internação, a paciente teve morte cerebral declarada.
Os pesquisadores, que destacaram que ocorreram outros casos de sofrimento respiratório associado a fogos de artifício, concluíram que os asmáticos "devem ter cuidado ao observar ou participar de demonstrações de fogos de artifício".
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