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Ministério da Saúde Discorda dos Resultados
O Ministério da Saúde contestou a metodologia da Organização Mundial da Saúde - OMS que determinou a 125º posição no ranking de sistema de saúde no mundo. Esta é a primeira vez que a OMS faz o estudo sobre o quesito saúde de 191 países.
Com relação à colocação geral, o Brasil está atrás de países como o Paraguai, El Salvador ou Butão. O líder do ranking é a França, seguida da Itália, San Marino,
Andorra, Malta, Cingapura e Espanha. A pior
colocação ficou com Serra Leoa, o pior sistema de saúde mundial. No quesito igualdade no pagamento do sistema, o Brasil despenca para a 189º posição.
Neste trabalho foram avaliados vários pontos das redes de saúde de acordo com sua eficácia, custo por habitantes, igualdade no financiamento da saúde e capacitação para promover a justiça social. Outro ponto levantado no estudo
foi ainda o atendimento simultâneo dos médicos na rede pública e privada, o que significa um subsídio do setor público para o setor privado, com queda natural na capacidade e qualidade do serviço público. Já na questão dos gastos sanitários, o Brasil ocupa a 54º posição.
Nota
O Ministério da Saúde divulgou nota protestando a metodologia aplicada no levantamento da OMS. De acordo com o ministério, a OMS não fez uma pesquisa de massa sobre a satisfação dos usuários. A Organização Mundial ouviu apenas 33 pessoas, todas ligadas ao governo e acadêmicos que normalmente não usam o sistema público. O questionamento é em razão da pesquisa feita pelo Ibope, que apresentou um índice de 88% de aprovação.
A nota afirma ainda que os motivos principais da colocação ruim no contexto mundial estão fora do setor de saúde. Além disso, foi destacado ainda que a justificativa para
a posição está na desigualdade de renda, na paralisação parcial em saneamento e a insuficiência dos orçamentos de saúde.
Para levantar o ranking foram usados indicadores como , nível global de saúde, desigualdades sociais, nível global de resposta do sistema de saúde, divisão da carga
financeira e distribuição da capacidade de resposta para a população. Nas Américas, a Colômbia ocupa o primeiro lugar, seguido do Canadá, Chile, Dominica, Costa Rica,
Estados Unidos, Cuba, Barbados e o Brasil na
30º posição.
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