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NEW YORK,(Reuters Health) - Embora fatiga seja um sintoma comum de insuficiência cardíaca, o que torna a atividade física difícil, os resultados de um novo estudo sugerem que pessoas com insuficiência cardíaca crônica podem obter
benefícios com exercícios regulares. Comparado com um grupo de pessoas sedentárias, um grupo que participou de um programa de exercícios moderados obteve melhora na circulação, aumentou a quantidade de sangue bombeada pelo coração e mostrou menor aumento cardíaco.
"Embora várias perguntas sobre um protocolo de treinamento ideal e intensidade de treinamento continuem sem resposta, os achados atuais podem ter importantes implicações
na reabilitação de pacientes com insuficiência cardíaca crônica", escreve o Dr. Rainer Hambrecht e equipe da Universidade de Leipzig, em Leipzig, Alemanha, no The Journal of the American Medical Association
(JAMA).
Insuficiência cardíaca ocorre quando o coração não pode mais bombear o sangue eficientemente, o que pode levar a fatiga e retenção de fluidos. Pode não haver causa óbvia para a condição, ou pode resultar de outros problemas de saúde. Nos casos em que a medicação não pode prevenir danos ao coração, um transplante cardíaco
pode ser necessário.
Tradicionalmente, pessoas com insuficiência cardíaca crônica, para as quais a atividade física é difícil, têm sido desestimuladas de fazer exercícios. "Durante a última década, entretanto, ficou estabelecido que esta abordagem do problema acelera a perda do condicionamento físico e
pode piorar os sintomas de insuficiência cardíaca", escrevem os pesquisadores. Mas ainda tem havido preocupação acerca dos efeitos de exercícios em pacientes com insuficiência cardíaca, apontam eles.
No estudo, foram avaliados 73 homens com até 70 anos de idade com insuficiência cardíaca crônica para um programa de exercícios ou para um grupo controle de inatividade física. Nas duas semanas iniciais do programa, os participantes se exercitaram numa bicicleta ergométrica durante 10 minutos de quatro a seis vezes ao dia sob supervisão hospitalar. No resto do programa de seis meses, os homens se exercitaram por 20 minutos por dia em casa.
Após 6 meses, a insuficiência cardíaca teve uma tendência de melhora em homens que se exercitaram, mas piorou em homens que não se exercitaram, de acordo com o estudo. A atividade física foi menos estressante nos homens do grupo que estavam fazendo exercícios, e eles tiveram melhora circulatória e uma freqüência cardíaca de repouso menor. Ter
uma freqüência cardíaca mais baixa indica que o coração não está tendo que trabalhar tão arduamente para manter o fluxo sanguíneo pelo corpo.
FONTE: The Journal of the American Medical Association (JAMA) 2000;283:3095-3101.
Sinopse preparada por Reuters Health
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