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São Paulo, 22 de Março de 2001 (eHealthLA). No mês de março, com a campanha para detectar o diabetes, o Ministério da Saúde pretende orientar um grande número de pessoas que possuem a doença, mas não sabem disso.
O motivo é simples: a maioria dos diabéticos não apresentam os sintomas da doença. Segundo estimativas, de 6% a 8% da população de São Paulo é portadora do diabetes. No Brasil, esses números podem chegar a 5 milhões de pessoas.
Uma grande quantidade de casos que se encontram na faixa de suspeitos portadores do diabetes só pode ser confirmada através do exame de curva glicêmica.
Segundo o endocrinologista Márcio Luiz Goulart, médico da Diagnósticos da América, até 1997 a taxa de glicose de 140 mg/dl (ou acima disto) era usada como valor de referência para confirmar um diagnóstico de diabetes.
“A partir desta data, com base nos estudos da American Diabetes Association (ADA), o valor de referência para determinar se alguém é portador da doença foi estipulado em 126 mg/dl (ou superior)”, explica.
Diabéticos em Potencial
Até 109 mg/dl, a pessoa não é considerada diabética. Contudo, com o novo método adotado pela ADA, os valores entre 110 e 125 mg/dl representam taxas de glicose de diabéticos em potencial, necessitando, assim, que se realize a famosa curva glicêmica para confirmação do diagnóstico.
Com os valores adotados pela ADA, foi possível detectar um número maior de pessoas que poderiam desenvolver a doença, e, desta forma, fazer com que um tratamento precoce fosse iniciado.
Entendendo o Problema
O diabetes pode ser definido como uma doença crônica que apresenta aumento de glicemia (açúcar) no sangue, podendo levar a complicações sistêmicas.
Há uma deficiência total ou parcial na secreção ou ação da insulina – hormônio responsável pelo controle de glicose no corpo humano – e as taxas de açúcar no sangue aumentam, provocando uma série de problemas no organismo.
Embora grande parte dos pacientes não apresentem sintomas, os principais são perda de peso sem explicação, sede e fome em excesso e vontade constante de urinar.
O diabetes pode trazer graves conseqüências para os seus portadores, como problemas nos rins, cegueira, amputações, infarto e doenças cardiovasculares, se não for tratada de forma adequada.
“O que a maioria desconhece é que um diagnóstico precoce aliado ao uso de medicamentos e a mudanças nos hábitos de vida, pode retardar em muito o surgimento de complicações”, alerta Goulart.
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