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São Paulo, 26 de Março de 2001 (eHealthLA). Por ocasião do Dia Mundial da Tuberculose (24 de março), Secretários de Saúde de todo o Estado de São Paulo participaram da abertura da "Semana de Alerta Contra a Tuberculose", que vai até o dia 31. O objetivo é conscientizar a população para o problema da doença.
A tuberculose é a doença infecciosa que mais mata no mundo. Segundo os especialistas, a infecção é tão generalizada e o seu contágio tão fácil, que a imensa maioria dos adultos já teve contato com o bacilo.
Condições precárias de vida e alcoolismo são alguns dos agravantes para seu aparecimento, mas a doença não escolhe classe social nem faz distinção entre atletas e anêmicos. Em São Paulo, aparecem de 18 a 19 mil novos casos por ano.
Embora o aumento na incidência da doença não seja significativo, o número de mortes é cada vez maior: cerca de 1.600 óbitos anuais. Os principais problemas para o alto número de óbitos são os diagnósticos tardios e o abandono do tratamento.
Segundo a coordenadora do Programa Estadual de Controle da Tuberculose, Lia Selig, qualquer pessoa que esteja tossindo por três semanas tem que fazer o teste. ''Não é nada raro ser contaminado pelo bacilo.
Tem gente que morre da doença e a família nem fica sabendo que foi tuberculose. Muitas vezes, a pessoa já tem o bacilo há algum tempo, mas só fica doente quando tem uma baixa de imunidade'', explica.
A transmissão pode ser por inalação ou ingestão. Ao tossir ou espirrar, o doente lança no ar partículas infectantes que podem ser inaladas diretamente ou através da poeira. A infecção decorre, geralmente, da convivência familiar.
Geralmente, a tuberculose afeta os pulmões, mas pode espalhar-se para as juntas e outras partes do corpo, criando uma doença séria. Os sintomas incluem fadiga, tosse crônica, escarro com sangue, inapetência, emagrecimento, dor de cabeça e febre.
Segundo o Prof. Dr. David E. Uip, do Instituto do Coração, em São Paulo, a doença é provocada por bacilo, o que não quer dizer que há desenvolvimento da mesma logo após sua introdução no corpo humano.
“Isto depende da resistência da pessoa e do número de bacilos que entraram no organismo. Não há uma evidência clara de que exista uma tendência hereditária à infecção tuberculosa”, explica o médico.
Intra-uterina
A intra-uterina é muito rara. É mais freqüente em crianças em idade pré-escolar e no período adolescente. As crianças nos dois primeiros meses de vida estão particularmente expostas ao riso de contaminação.
A mãe tuberculosa não deve amamentar seu filho e a separação deve ser máxima. A infância é a fase mais perigosa para a infecção, pois é quando o ser humano apresenta notável suscetibilidade a doença e fraca resistência à mesma.
Prevenção
Crianças no primeiro mês de vida devem ser vacinadas. Para evitar a doença, é preciso manter uma boa alimentação e esquivar-se do estresse. Quem é portador de diabetes ou aids deve redobrar os cuidados, pois estas são doenças que enfraquecem as defesas do organismo.
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