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São Paulo, 10 de Abril de 2001 (eHealthLA). Um estudo comprovou que 41% dos paulistanos se sentem estressados, e 54% consideram seu ritmo de vida acelerado. Foram ouvidas 452 pessoas, entre homens e mulheres, de 14 a 50 anos, pela H2R Pesquisas Avançadas.
Talvez competição seja uma das palavras que mais sintetizam o espírito da vida moderna. Aumento de responsabilidade, pressão no trabalho e a difícil situação financeira foram apontados pelos entrevistados como fatores determinantes do nível de estresse.
Já atividades esportivas, música e religião foram indicadas com as melhores maneiras de buscar equilíbrio físico e mental. No entanto, os remédios também são encarados como solução por algumas pessoas. Dos entrevistados que se classificaram como estressados: 18%, toma anti-depressivos; 18%, calmantes; e 21%, chás calmantes.
Segundo a psiquiatra Laura Helena Andrade, do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, o primeiro sintoma do estresse é a perda de sono.
“Isso gera um ciclo vicioso porque quem não dorme bem entra em desequilíbrio na secreção do cortisol, o hormônio que faz as alterações no organismo para que a pessoa enfrente o perigo”, explica a médica.
Segundo ela, quando o perigo permanece embutido na mente e no coração das pessoas, a liberação de hormônios como a adrenalina, que contrai os vasos sangüíneos, começa a ficar nociva.
Ao longo do tempo os vasinhos perdem a flexibilidade, o sangue circula com dificuldade e pode acontecer o infarto.
Sob estresse prolongado a serotonina, substância que faz a comunicação entre as células nervosas e é responsável pela sensação de bem-estar, também se ressente e deixa de circular.
Prevenção
De acordo com a especialista, para prevenir o estresse o primeiro passo é ter uma boa qualidade de vida. Priorizar as atividades, ter tempo de lazer, fazer exercícios físicos, evitar fumar, não usar bebidas alcoólicas ou estimulantes, como o café, dormir bem e se alimentar sem excessos, são algumas dicas.
Mulheres: Maior Incidência
Segundo a pesquisa, as mulheres, sofrem mais do que os homens com o problema. As jovens apareceram como mais equilibradas do que as mais velhas.
E os solteiros, se disseram mais tranqüilos do que os casados. O diferencial também apareceu quando comparadas classes econômicas diferentes.
Das pessoas das classes A e B, apenas 28% se declararam estressadas, enquanto na classe C - a que mais atingida pela crise econômica do país - o índice é de 42%.
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