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São Paulo, 15 de Junho de 2001 (eHealthLA). Menos pessoas
morrerão de câncer de estômago no Brasil em 2001. De acordo com o INCA Instituto
Nacional do Câncer, vinculado ao Ministério da Saúde, no seu documento
Estimativas da Incidência e Mortalidade por Câncer no Brasil 2001, a
taxa de mortalidade por câncer de estômago caiu, quando comparada ao estudo feito no
período de 1979 a 1998.
O câncer de estômago representa a segunda causa mais importante de óbito no
mundo, colocando-se, no Brasil, entre as cinco localizações primárias mais comuns de
mortes por câncer e de casos novos de câncer, em ambos os sexos, contextualiza o
relatório. Os técnicos do INCA comentam que o decréscimo temporal da mortalidade
observado no Brasil é compatível com o ocorrido em vários países, em relação tanto
à mortalidade quanto à incidência. Este declínio reflete, pelo menos em parte, o
aumento do consumo de frutas e vegetais frescos e o concomitante declínio de consumo de
sal e de alimentos defumados e enlatados ocorrido durante as décadas que se seguiram à
última guerra mundial, atribui o documento do MS.
Os médicos que avaliaram os dados levantados pelo INCA lamentam o fato de ainda não se
conhecer a tendência temporal da prevalência de infecção por H. pylori, uma bactéria
cuja associação com o câncer de estômago foi recentemente sugerida. Por outro lado,
contrapõem os técnicos, a possível melhoria da qualidade do diagnóstico do
câncer primário de estômago, com o resultante aumento de sua identificação, pode ter
levado à subestimação da magnitude do declínio temporal observado nas taxas de
mortalidade e incidência.
A redução de mortalidade e prevalência ocorreu principalmente entre os homens. Se em
1979 a taxa era de 9,69 mortes para cada 100.000 habitantes, em 1998 baixou para 8,77,
correspondendo a uma variação percentual relativa de 9,5%. Entre as mulheres, a queda
foi levemente menor, passando de 4,79/100.000 a 4,34/100.000 nesse mesmo período, ou
seja, uma variação relativa de 9%.
Estima-se que em 2001, no Brasil, morram entre 7.090 e 15.260 homens de câncer no
estômago. Entre as mulheres, são esperadas de 3.675 a 7.070 mortes. Esta projeção toma
por base taxas brutas de mortalidade entre 8,47 e 18,29 para cada 100.000 homens e de 4,22
a 8,14 para cada 100.000 mulheres.
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