Notícias de saúde
Belo Horizonte, 12 de Julho de 2001 (eHealthLA). A
gravidez de risco é ainda um desafio para médicos e
merece atenção especial das mulheres. De cada dez
brasileiras que engravidam, pelo menos uma enfrentará
a gestação com mais riscos para a própria saúde ou
para a vida do bebê.
Com objetivo de reduzir os riscos e garantir maior tranqüilidade ao longo dos nove meses, os médicos recomendam o planejamento precoce da gravidez e um bom acompanhamento pré-natal.
Para alguns médicos, o ideal é que toda mulher comece
a se preparar, pelo menos, três meses antes de tentar
engravidar. Esse é o tempo necessário para que ela se
informe sobre as mudanças ocorridas durante a
gravidez, realize exames básicos, trate possíveis
infecções não identificadas anteriormente, receba
vacina e, se necessário, suplementos nutricionais
prescritos por um médico.
Entre os fatores de risco mais comuns para a gravidez
estão as doenças crônicas, como hipertensão arterial
(pressão alta) e diabetes; problemas cardíacos;
desnutrição e a gravidez em mulheres muito jovens ou
com idade bastante avançada. As mulheres que se
encaixam nesse perfil devem preparar a ocorrência da
gravidez ainda mais cedo.
A prematuridade (nascimento do bebê antes de completar
os nove meses), a fragilidade do recém-nascido ou, em
casos mais delicados, até a morte de mãe ou filho, são
algumas das possíveis conseqüências das gestações de
risco. Algumas vezes, a gravidez pode ser até mesmo
contra-indicada após avaliação médica.
Os médicos, sobretudo ginecologistas e obstetras,
precisam estar atentos para os sinais de risco. A
paciente deve receber orientações. É muito provável
que a gestante necessite um serviço especializado e
bem equipado, com unidade intensiva.
No caso das pacientes que utilizam a rede pública, as
orientações e cuidados devem ser ainda mais
sistemáticos. Muitas mulheres descobrem a existência
de fatores de risco somente após a gravidez, enquanto
o ideal seria controlar primeiramente a doença,
minimizando assim os riscos de complicações que
poderiam levar à perda do bebê ou à própria morte.
Outro complicador é o fato das mulheres procurarem o médico tardiamente.
O avanço nos recursos de diagnóstico tem ajudado a
detectar um maior número de casos de gravidez de
risco. Tratamentos mais modernos já permitem que as
mulheres acima dos 35 anos ou portadoras de doenças
crônicas, antes sem chances de engravidar, possam ter
seus bebês. Com isso, o número de casos de gravidez de
risco é cada vez maior.
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