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Belo Horizonte, 22 de Janeiro de 2002 (Bibliomed). Apesar de tudo que se sabe sobre os benefícios
de se parar de fumar, você ainda precisa de um motivo adicional? Pesquisadores relatam
que parar de fumar cerca de 2 meses antes de uma cirurgia diminui o risco de
complicações pós-operatórias.
O cigarro aumenta o risco de complicações pós-operatórias devido a suas ações sobre
os pulmões, sistema cardiovascular, cicatrização e sistema imunológico. Para verificar
se a redução ou abandono do hábito apresentava alguma melhora no risco de
complicações, os pesquisadores selecionaram 120 fumantes para receber aconselhamento e
tratamento antitabagista 6 a 8 semanas antes de realizarem uma cirurgia programada nos
quadris ou joelhos.
As diferenças entre os fumantes e aqueles que reduziram o número de cigarros para pelo
menos metade do número anterior ou que pararam de fumar é bastante visível: 52% dos
fumantes apresentaram alguma complicação, enquanto apenas 18% dos que reduziram ou
interromperam o hábito tiveram algum tipo de complicação. A melhora se deu
principalmente sobre a cicatrização da ferida cirúrgica. Além disto, aqueles que
diminuíram ou pararam de fumar permaneceram menos tempo no hospital e foram menos
propensos a ter de realizar uma segunda cirurgia para resolver o problema. Isto, além de
ser bom para os pacientes, é bom para o sistema de saúde, porque reduz o custo do
tratamento.
Estima-se hoje que cerca de um terço dos pacientes que se submetem a uma cirurgia são
fumantes. Se todos estes fumantes conseguissem diminuir ou parar de fumar antes de serem
operados, os benefícios individuais e coletivos seriam consideráveis e além das
vantagens para a cirurgia, é possível que alguns indivíduos que pararam de fumar
durante este período continuarão sem fumar, evitando contrair as doenças comuns entre
os tabagistas, como doença coronariana, enfisema pulmonar e bronquite crônica.
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