Notícias de saúde
Por Amy Norton
NOVA YORK (Reuters Health) - Bombardeadas com prescrições e seduzidas por promessas de
medicamentos que não precisam de receita médica muitas pessoas parecem estar fazendo uso
incorreto dos tratamentos médicos, afirmam pesquisadores norte-americanos.
Em um estudo com cerca de 300 pacientes de clínicos gerais e cardiologistas,
pesquisadores descobriram que 76 por cento deles tinham interrompido o uso de drogas
prescritas, não estavam tomando a dose certa ou estavam usando medicamentos que seus
médicos não tinham conhecimento. Pacientes com 40 anos ou mais apresentaram maior
tendência do que aqueles mais jovens a apresentarem esse comportamento.
"Descobrimos que é comum esta discrepância entre o que pacientes estão tomando e o
que os médicos pensam que eles estão tomando", disse Susanna E. Bedell, do Centro
Cardiovascular Lown, em Massachusetts.
"Ficamos muito surpresos pela extensão das nossas descobertas", acrescentou
Bedell. "Mas penso que não deveríamos."
Não deveria haver surpresas, porque muitos adultos vêem mais de um médico, fazem buscas
sobre saúde na Internet e escutam informações sobre medicação e suplementos de
pessoas sem o devido conhecimento médico.
Ela afirma que tomar drogas de maneira incorreta ou combinando medicamentos sem o
conhecimento do médico pode provocar problemas. Mesmo medicamentos fitoterápicos,
disponíveis em lojas de alimentos naturais, podem interagir com drogas de prescrição
médica.
Segundo Bedell, os pacientes precisam informar seus médicos sobre todos os medicamentos e
suplementos que estão tomando e devem consultar antes de interromper o tratamento com um
remédio prescrito.
Em entrevistas com os pacientes, Bedell e sua equipe descobriram que muitos queriam saber
mais informações sobre as drogas prescritas por seus médicos ou estavam preocupados com
seus efeitos colaterais. Muitos que visitaram mais de um médico, reclamaram da opinião
conflitante sobre as medicações.
Fonte: Archives of International Medicine 2000; 160:2129-2134.
Sinopse preparada porReuters Health
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