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07 de Março de 2003 (Bibliomed). Um novo estudo das Organizações das Nações Unidas (ONU) critica os países que adotaram uma política mais liberal para lidar com o uso de drogas ilegais. Segundo o relatório anual do Conselho Internacional de Controle de Narcóticos (INCB, na sigla em inglês), as medidas adotadas por esses países enviam uma mensagem ruim para os jovens.
Para o INCB, órgão independente da ONU, a política britânica de limitar as prisões por posse de maconha pode ajudar a tornar o uso da droga tão comum quanto o consumo de tabaco, além de provocar mais doenças mentais. O estudo também condena a experiência australiana de oferecer salas com seringas descartáveis para que viciados utilizem drogas.
Segundo o INCB, o problema das drogas ilegais na América do Sul está cada vez mais ligado a assuntos políticos e de segurança, como o combate ao terrorismo. O estudo lembra que muitos grupos rebeldes são acusados de financiar suas operações com o tráfico de drogas.
Ainda de acordo com o estudo, Argentina e Chile formam as principais rotas de tráfico de drogas com destino a Estados Unidos, Canadá e Europa. O relatório apontou que embora a área utilizada para a produção de cocaína na Colômbia, principal centro fornecedor da droga, tenha diminuído no ano passado, outros países tornaram-se motivo de preocupação, como Peru e Bolívia. Pequenas plantações de folhas de coca foram encontradas na Venezuela e no Equador.
O ressurgimento das plantações de papoula (planta da qual o ópio é extraído) no Afeganistão e no Paquistão apareceu como uma das principais preocupações do INCB, que afirma que, ao invés de beneficiar os países produtores, o cultivo de drogas ilegais impede o crescimento econômico do país ao encorajar a corrupção.
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