Notícias de saúde
25 de julho de 2003 (Bibliomed) - Duas recentes pesquisas, publicadas no "Journal
of Allergy and Clinical Immunology", vêm tratando do problema que atinge milhares de
pessoas alérgicas ao amendoim.
O amendoim é amplamente usado pela indústria alimentícia em todo o mundo na
fabricação de doces, cremes e até óleo, sendo às vezes, difícil de ser evitado pelos
alérgicos, que podem não identificá-lo no produto.
A alergia ao amendoim é hoje algo muito importante, pois, segundo o editor do jornal,
Donald Leung, dados recentes indicam que a incidência e a prevalência dessa alergia têm
crescido acentuadamente, além dela ser responsável por cerca de 50% das mortes causadas
por reações alérgicas a alimentos nos Estados Unidos.
Em uma das pesquisas, liderada pelo médico Hugh Sampson, da Escola de Medicina Monte
Sinai, em Nova York, foi usada uma versão geneticamente modificada da bactéria E.coli,
que produz as três proteínas do amendoim mais associadas à alergia. As proteínas, no
entanto, são ligeiramente alteradas para não estimular intensamente as imunoglobulinas
(IgE), acionadas durante a reação alérgica.
Nos experimentos, a bactéria foi introduzida em camundongos alérgicos. Após três doses
dessas bactérias, eles não apresentaram reações quando alimentados com amendoim
normal.
Sampson explica que isso poderia ser adaptado para a criação de uma vacina para humanos,
fornecendo esperança para o tratamento dessa alergia.
Já no segundo estudo, Peter Vadas, do Hospital St. Michael, e Boris Perlman, da
Universidade de Toronto, sugerem que a reação alérgica pode ser evitada com a ingestão
de carvão vegetal ativado, também usado para desintoxicar o organismo após a ingestão
de veneno.
Os testes realizados em laboratório mostraram que a o carvão vegetal ativado reúne os
antígenos, tornando-nos "invisíveis" ao sistema imunológico.
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