Notícias de saúde
16 de Janeiro de 2004 (Bilbiomed).
A depressão pós-parto é uma doença grave que pode afetar negativamente a
saúde física e mental da nova mãe. A incidência da depressão no pós-parto é elevada
chegando ao percentual de 10 a 15% nas mulheres que amamentam. O período de maior
incidência está em torno dos primeiros dias do pós-parto.
Poucos estudos identificaram fatores fisiológicos que pudessem predispor uma mulher à
depressão pós-parto. As condições existenciais e vivenciais nas quais se dá a
gravidez podem influenciar a ocorrência da depressão pós-parto. É maior a incidência
desse transtorno em parturientes adolescentes. Também é maior a incidência de
depressão pós-parto em pacientes que experimentam dificuldades adaptativas à
gestação, como por exemplo, nos casos de gravidez não desejada, gravidez contrária à
vontade do pai, situação civil irregular, gravidez repudiada por familiares, carência
social e outros fatores capazes de desestabilizar emocionalmente a relação entre a
paciente e sua gravidez.
O papel da anemia materna no desenvolvimento da depressão pós-parto não está claro.
Pesquisadores da Pennsylvania State University avaliaram novas mães que foram visitadas
em suas casas nos dias 7, 14 e 28 após o parto não complicado. A concentração de
hemoglobina foi medida no sangue colhido da ponta do dedo em cada visita. Uma escala
padronizada foi completada no 28º dia (Center for Epidemiological Studies-Depressive
Symptomatology Scale, a CES-D).
Houve uma relação negativa entre o nível de hemoglobina no 7º dia de pós-parto e os
sintomas depressivos no dia 28. Os escores da CES-D no 7º dia de mulheres com níveis
normais de hemoglobina (>12 g/dl) eram significativamente menores do que os das
mulheres com níveis de hemoglobina menores do que 12 g/dl. Os autores do estudo
concluíram que as mulheres que sofrem de anemia pós-parto precoce podem estar em maior
risco de desenvolverem depressão pós-parto.
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