Notícias de saúde
02 de Março de 2004 (Bibliomed). A homossexualidade foi muitas vezes tratada, no
passado, como uma doença a ser corrigida. A abordagem da homossexualidade como doença
levou a diversas tentativas de se reverter tal condição em indivíduos considerados
passíveis de tratamento.
Diversos profissionais da saúde ministraram tratamentos para homossexualidade na
Grã-Bretanha desde a década de 1950. O assunto voltou a ser abordado recentemente na
revista British Medical Journal, em artigos que procuraram analisar qual foi a
repercussão destes tratamentos sobre os pacientes e sobre os profissionais médicos que
os ministraram. Estes tratamentos, em sua maioria, não tinham qualquer respaldo
epidemiológico que assegurasse alguma eficácia.
Segundo os levantamentos feitos, tais intervenções tiveram repercussões negativas para
a maioria das pessoas submetidas aos tratamentos desenvolvidos a partir da década de 50.
Entrevistas com os participantes revelaram que apenas uma minoria conseguiu encontrar
satisfação afetiva com o sexo oposto, e que a maioria foi motivada a submeter-se aos
tratamentos por pressão de familiares, amigos e médicos.
Quase sempre baseadas em abordagens comportamentais, as tentativas de se reverter a
orientação afetiva de homossexuais ainda é defendida por uma minoria de médicos
ingleses que acreditam que, mesmo desacreditados, este tipo de tratamento deva estar
disponível a indivíduos que desejem submeter-se ao mesmo.
Fontes: British Medical Journal 2004;328:427 (21 February).
British Medical Journal BMJ 2004;328:429 (21 February)
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