Notícias de saúde
10 de janeiro de 2007 (Bibliomed).
Muitas evidências têm surgido a respeito da associação entre a
condição financeira e o tipo de morte que um indivíduo terá. Seria isso uma
verdade? Tentando responder a essa questão, pesquisadores da Noruega e da
Holanda elaboraram um estudo sobre o tema, e o publicado na revista American
Journal of Epidemiology.
Os investigadores procuraram verificar se a condição financeira de um
indivíduo, durante a sua infância poderia influenciar na sua saúde e no seu
tipo de morte, quando alcançasse a idade adulta. Para isso, foram coletadas
informações sobre todos os noruegueses nascidos de 1955 a 1965. Para
todas essas pessoas tentou-se estabelecer o nível de educação dos pais, bem
como a ocupação dos mesmos e a renda familiar. No período de 1990 a 2001,
6.589 indivíduos, nascidos naquela época, haviam morrido.
A partir dessas informações, os pesquisadores observaram que, com exceção do
câncer de mama, a baixa condição financeira na infância estava associada a
um aumento do número de mortes na idade adulta, independente de sua causa.
Notou-se, porém, que condições financeiras mais elevadas durante a infância,
estavam associadas a uma maior taxa de suicídio entre as mulheres na idade
adulta. Outro fato observado é que o número de infartos cardíacos como causa
de morte entre os homens jovens teve associação com o nível de escolaridade
dos pais em metade dos casos analisados.
Dessa forma, foi possível perceber que a condição financeira de uma pessoa,
durante a sua infância está associada com a causa de morte por infarto do
coração em homens jovens e ao suicídio em mulheres. Para todas as outras
demais causas de mortes, ter ou não uma boa condição financeira na infância,
está indiretamente associada ao tipo de morte, sendo mais importante nesses
casos o grau de escolaridade do próprio indivíduo.
Fonte: American Journal of Epidemiology; 2006, 165(1): 85 – 93
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