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28 de maio de 2008 (Bibliomed). Crianças mais novas que apresentam apnéia obstrutiva do sono (AOS) podem sofrer alguns dos mesmos danos cardiovasculares vistos em adultos com o problema respiratório, segundo estudo da Universidade de Soroka, em Israel. "A AOS começa no primeiro ano de vida, mas muito pouco é conhecido em relação às conseqüências cognitivas, cardiovasculares e outras conseqüências médicas", escreveram os autores.
A apnéia obstrutiva do sono é um distúrbio caracterizado pela redução da quantidade de oxigênio no sangue durante o sono, em decorrência de dificuldades ou pausas da respiração. O problema leva a um descanso noturno não-revigorante, sonolência diurna, déficit de concentração, e pode estar associado a problemas de coração.
No estudo, os pesquisadores avaliaram 70 crianças de 12 a 26 meses de vida com apnéia confirmada antes de passarem por cirurgias de extração de amígdalas e adenóides. Eles mediram marcadores de sobrecarga ventricular e os níveis de proteína C reativa (PCR), um indicador de inflamação.
E os resultados indicaram que, comparados com crianças saudáveis, 46 daqueles que tinham apnéia apresentaram níveis consideravelmente maiores do marcador de sobrecarga ventricular, indicando função cardiovascular anormal, e altos níveis de PCR, indicando mais inflamação no sangue, que também pode afetar o coração.
Três meses após a cirurgia de amídalas e adenóides, 20 crianças com apnéia apresentaram níveis dos marcadores avaliados menores até dos medidos nas crianças saudáveis.
Embora os resultados indiquem que a apnéia em crianças afeta o sistema cardiovascular, mais estudos são necessários para avaliar a necessidade de se diagnosticar e tratar o problema respiratório em crianças muito pequenas. Os autores planejam, agora, um estudo para investigar se a função cardiovascular anormal na infância com a apnéia pode aumentar o risco de problemas cardiovasculares na idade adulta.
Fonte: HealthDay. 21 de maio de 2008.
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