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10 de maio de 2010 (Bibliomed). Uma equipe de cientistas dos Hospitais Universitários de Genebra e Laussane, na Suíça, demonstrou que jovens com doenças inflamatórias intestinais têm menor massa óssea e pior arquitetura óssea, comparados com pessoas da mesma idade sem essas doenças, aumentando seus riscos de fraturas.
Em apresentação no Congresso Mundial sobre Osteoporose - realizado neste mês -, os pesquisadores destacaram que as doenças inflamatórias intestinais, incluindo colite ulcerativa e doença de Crohn, "quando aparecem durante a infância e adolescência, comprometem o pico de aquisição de massa óssea". Segundo eles, isso ocorre devido a uma variedade de fatores, incluindo a má absorção de nutrientes - como cálcio, vitamina D e proteína - por causa do intestino prejudicado, e o tratamento com medicações glucocorticoides.
A análise de 107 jovens pacientes com doença inflamatória intestinal e 389 jovens saudáveis indicou que o maior risco de fraturas entre os pacientes durante o crescimento ocorre não apenas por causa de sua menor densidade mineral óssea, mas também devido a mudanças na microarquitetura do tecido ósseo trabecular. Esse tecido - também conhecido como esponjoso - é a parte menos densa e rígida do osso, que tipicamente ocorre no final dos ossos longos, próximo às articulações e dentro da coluna vertebral.
Baseados nos resultados, os especialistas defendem que os médicos que tratam das doenças inflamatórias intestinais incluam medidas de prevenção a fraturas ósseas nos cuidados a esses pacientes, incluindo ingestão ideal de cálcio e vitamina D através de dieta ou suplementos. Além disso, os pacientes devem ser encorajados a serem fisicamente ativos para combater a obesidade e fortalecer ossos e músculos.
Fonte: Osteoporosis International. Suplemento 1. Maio de 2010.
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