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25 de outubro de 2010 (Bibliomed). Quando uma pessoa fica apaixonada, 12 partes do cérebro liberam substâncias químicas que levam às mesmas sensações eufóricas provocadas pelo consumo de cocaína, segundo pesquisadores da Universidade de Siracusa, nos Estados Unidos.
Em revisão de estudos sobre as reações cerebrais de pessoas apaixonadas - avaliadas através de ressonância magnética -, os especialistas notaram que “se apaixonar” pode levar um quinto de segundo e, em seguida, o cérebro começa a liberar substâncias indutoras de euforia, como a dopamina, a oxitocina, a adrenalina e a vasopressina. As análises apontam que diferentes partes do cérebro são envolvidas pelo amor - no caso da paixão, principalmente a associada à recompensa -, mas o coração também é afetado.
“Eu diria que o cérebro, mas também o coração está relacionado (ao amor apaixonado), porque o complexo conceito de amor é formado pelos processos de baixo para cima e de cima para baixo, do cérebro para o coração e vice-versa”, explicou a pesquisadora Stephanie Ortigue, acrescentando que esses efeitos podem ser muitos similares aos provocados pela droga.
Publicados no Journal of Sexual Medicine, os resultados mostraram também que, quando as pessoas se apaixonam, há um aumento nos níveis sanguíneos do fator de crescimento neural - molécula que cumpre um importante papel na “química social” humana, ou seja, na sensação de “amor à primeira vista”. Porém, quando a relação acaba, esses processos podem acabar levando as pessoas a um significativo estresse emocional e à depressão, sintomas similares aos apresentados por pessoas com abstinência de cocaína.
Fonte: Journal of Sexual Medicine. Setembro de 2010.
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