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21 de dezembro de 2011 (Bibliomed). Não é comum que larvas sejam associadas à medicina, sendo relacionadas mais frequentemente à falta de higiene. Mas de acordo com um novo estudo, esses insetos podem ser muito úteis em hospitais e enfermarias, sendo até mesmo mais eficientes na limpeza de feridas do que cirurgiões.
Pesquisadores franceses recrutaram homens que tinham feridas que não estavam cicatrizando. Alguns receberam cuidados de médicos para a remoção de tecidos mortos ou insalubres. Outras pessoas receberam um tratamento em que esses tecidos eram retirados por larvas estéreis, colocadas dentro de uma pequena bolsa, posicionada acima da ferida. Esses insetos secretam uma enzima que dissolve tecidos mortos, deixando os saudáveis. Em ambos os tratamentos os pacientes sentiram os mesmos níveis de dor.
Após uma semana, os homens que receberam o tratamento de larvas tinham menos tecidos mortos do que os homens que foram atendidos por médicos. Porém, após duas semanas, a diferença na presença de tecido entre os dois tratamentos se igualou, e a vantagem do tratamento das larvas se perdeu. Assim, os pesquisadores concluíram que as larvas não ajudam as feridas a curarem mais rapidamente.
Porém, o uso desses insetos ainda pode ser benéfico em alguns casos específicos, quando as feridas devem ser controladas rapidamente, como na diabetes. O tratamento pode ser benéfico também para pessoas que não podem receber anestesia e, portanto, não podem fazer cirurgia. Mas por enquanto, médicos não aconselham o uso dessa terapia por mais de uma semana.
A pesquisa foi publicada no periódico Archives of Dermatology.
Fonte: Live Science 19 de dezembro de 2011.
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