Notícias de saúde
Por Karen Pallarito
NOVA YORK (Reuters Health) - A Organização Mundial de Saúde (OMS) anunciou, na
segunda-feira, que está buscando aprovação para patrocinar uma nova extensão de endereços
de Internet para sites de saúde que tenham rigorosos padrões de qualidade e ética.
A OMS solicitou à ICANN, entidade responsável por organizar os registros de endereços de
páginas na Internet, a criação da nova extensão ".health" (".saúde", em português) para se juntar
com a terminação ".com" e outras. Como organização patrocinadora, a OMS poderá
determinar a política sobre como sites com nome terminado em ".health" serão distribuídos e
utilizados.
Membros da ICANN estão reunidos em Los Angeles para revisar propostas de novos nomes
de domínios. Se o ".health" for aprovado, a OMS diz que terá um longo caminho a percorrer até
selecionar o conteúdo confiável de saúde e provedores de serviços dos charlatões.
A OMS quer "criar um local seguro na rede para informação de saúde", explicou Joan
Dzenowagis, cientista da OMS que propôs a idéia da extensão ".health". "Nosso objetivo é
realmente ter padrões de qualidade e ética", disse a pesquisadora.
Dzenowagis, que está acompanhando os procedimentos da ICANN, disse à Reuters Health que
um grupo consultivo global, representando todos os interessados públicos e privados,
comerciais e não comerciais, deveria ser criado para definir esses padrões.
"O atendimento em saúde vale bilhões de dólares e para fazer isso de uma forma correta será
necessário o peso e o prestígio da OMS", argumentou a pesquisadora.
Para a OMS, existem esforços para sancionar sites confiáveis, como o uso de "marcas de
confiança" ou selos designando que um site cumpre um conjunto específico de padrões, mas
esses parâmetros não podem ser obrigatórios. Um nome de domínio, ao contrário, pode ser
suspenso ou cancelado se o site não cumprir as regras, disse Dzenowagis. A pesquisadora
também suspeita que quem tiver um endereço ".health" estaria empenhado em autopoliciar-se.
A Internet Healthcare Coalition expressou interesse em trabalhar com a OMS, disse
Dzenowagis. A única preocupação é em relação a grupos, como as empresas farmacêuticas,
com sites bem estabelecidos que temem competição ou exclusão caso não façam parte da
comunidade ".health".
A pesquisadora acredita que essa preocupação tem origem num mal-entendido. As
organizações que solicitarem o ".health" poderiam ter permissão para reter os seus domínios
existentes. "Ter uma identificação bem estabelecida na Web não significa que não possa ser um
'.health', disse Dzenowagis.
A proposta pode ser aprovada ainda nesta semana.
Sinopse preparada por Reuters Health
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